Por monica.lima
Um dos desafios da campanha é o menor carisma da presidente em relação a LulaAntônio Cruz/Agência Brasil

As inserções de televisão serão o principal trunfo da presidente Dilma Rousseff na disputa pela reeleição. Com o triplo do tempo de seu principal adversário, a equipe de sua campanha acredita que conseguirá reverter a avaliação negativa de setores da sociedade em relação à sua gestão. Além de rebater críticas dos adversários, será o espaço para apresentar o legado de seu governo. Para um especialista em marketing político ligado ao partido, as inserções são mais importantes do que o próprio horário eleitoral. “O PT nunca teve tanto tempo. A imagem dela e suas realizações estarão na TV o tempo todo”, observa. O maior desafio é que, apesar de sofrer com a rejeição ao PT e ao ex-presidente Lula, a presidente não tem o mesmo carisma nem tantos fãs quanto seu antecessor.

Em São Paulo, onde enfrenta resistências, Dilma vai precisar também da força de seus candidatos ao governo. Apesar de ser aliado, o presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), ainda mostra pouca disposição para defendê-la. Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, ele terá o maior tempo de TV na disputa, superando até o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição. Candidato petista, o ex-ministro Alexandre Padilha sofre com o momento difícil do PT no Estado - agravada pela baixa aprovação ao prefeito da capital, Fernando Haddad - e patina nas pesquisas. Para este especialista, a campanha de Padilha, que também tem um tempo considerável de televisão, deveria explorar melhor o carisma do candidato. Ele sentiu falta de apresentarem o candidato antes de iniciarem as críticas ao governo de Alckmin.

Atos lembram perseguição religiosa

Dois atos com a presença de um grupo de 40 estudantes de cultura judaica, liderados pelo rabino David Weitman, vão recordar a perseguição religiosa. Hoje, em Recife, com o governador João Lyra (PSB), vai lembrar os 360 anos da dissolução da primeira comunidade judaica das Américas. A comunidade havia se instalado no Brasil durante o domínio holandês, fugindo da Inquisação. O País só voltou a acolher judeus em 1850. A Sinagoga Kahal Zur Israel foi reconstruída em 2001. Amanhã, em Salvador, o governador Jaques Wagner (PT), participará da homenagem ao mártir Isaac Castro, nascido faz 370 anos, preso por ensinar judaísmo na cidade.

Antiga parceira

Gilberto Gil recebeu o senador Eduardo Suplicy, a diretora do Instituto Lula Clara Ant e o ex-ministro Juca Ferreira no show de inauguração do Theatro Net São Paulo. Os políticos lembraram que na época de Gil no ministério não foi Suplicy quem fez dueto com ele, e sim Clara. Cantaram Pai e Mãe.

Preocupado com o que importa

O estado de saúde do escritor pernambucano, embora nascido na Paraíba, Ariano Suassuna era a maior preocupação ontem na campanha do presidenciável Eduardo Campos (PSB). O assunto teve mais atenções da equipe do ex-governador de Pernambuco do que a disputa entre os tucanófilos pessebistas e do PPS de São Paulo e a guerra que travam com a vice Marina Silva, da Rede, e seus aliados. Mesmo em viagem pelo interior paulista, Campos acompanhava as informações sobre o artista.

Escritor é amigo da família do presidenciável

Campos cancelou a sua agenda de hoje e viajou ontem mesmo para Recife. O escritor foi assessor para assuntos culturais do governo do socialista e havia comandado a secretaria sobre o tema na gestão de Miguel Arraes, avô de Campos. Além de Arraes, Ariano também foi amigo do escritor e poeta Maximiano Campos, pai do presidenciável.

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