Por monica.lima
A equipe do prefeito de São Paulo%2C Fernando Haddad%2C sofreu três baixas%2C mas a expectativa é que as mudanças não parem por aíMarcelo Camargo/Agência Brasil

Terminado o anúncio do ministério do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deve iniciar uma reforma no primeiro escalão de seu governo. Sua equipe sofreu três baixas, mas a expectativa é que as mudanças não parem por aí. São esperados ajustes também em outras áreas, inclusive com reforços de olho na disputa da reeleição em 2016. Juca Ferreira foi chamado para comandar o Ministério da Cultura e Gabriel Medina a Coordenadoria Nacional de Política para Juventude. Ambos ocupavam cargos na mesma área na equipe do prefeito. O Controlador Geral do Município, Mário Spinelli, também deixou a administração paulistana, mas para assumir cargo semelhante criado em Minas Gerais pelo governador Fernando Pimentel (PT).

A possibilidade de mudanças na equipe de Haddad também gera expectativa no PCdoB nacional. O partido dá como certa a ida do cantor Netinho de Paula para Brasília, para assumir uma cadeira de deputado federal. Ele é o primeiro suplente da coligação PT-PCdoB. Para isso, um dos eleitos pelo PT paulista teria de assumir um cargo para abrir a vaga. Vereador em São Paulo, Netinho foi secretário de Promoção da Igualdade Racial, no início da gestão do prefeito petista. Especulado para assumir a secretaria de governo de Haddad, o deputado federal Paulo Teixeira nega a possibilidade de trocar a Câmara pelo cargo na Prefeitura. As opções para abrir mais uma vaga para o PCdoB em Brasília não são tantas assim. O PT fez apenas dez deputados federais em São Paulo para a próxima legislatura. O PCdoB elegeu só o ex-ministro dos Esportes Orlando Silva.
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Mensagem forte também em São Paulo
Para a vaga de Juca Ferreira, o mais cotado é o vereador Nabil Bonduki, professor de Urbanismo da Universidade de São Paulo. Assim como Paulo Teixeira, ele é integrante da Mensagem ao Partido, grupo do qual também faz parte o secretário de Serviços, Simão Pedro. A ascensão da tendência anda provocando ciúmes dentro do PT, principalmente entre os políticos ligados ao CNB, ala que controla o diretório nacional. São ligados a ela os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), além do coordenador de Políticas para Juventude, Gabriel Medina.
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Com o chefe
Adjunto de Juca Ferreira na Secretaria de Cultura de São Paulo, Alfredo Manevy deve seguir com ele para Brasília. Será o principal assessor do ex-secretário também no novo cargo. Manevy já havia sido secretário-executivo quando Juca comandou a Pasta no governo Lula.
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Renata terá papel político em governo
A ex-primeira dama de Pernambuco Renata Campos não ocupará uma Secretaria no governo de Paulo Câmara (PSB) — herdeiro político de Eduardo Campos no Estado -, mas terá um papel importante na administração. Câmara ressaltou a sua participação no governo. Só não especificou a função exata que ela terá. Com a morte de Eduardo, ela chegou a ser cogitada para vice na chapa de Marina Silva à Presidência. Renata é auditora no Tribunal de Contas do Estado. Assumiu o cargo por concurso.
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Esqueceram de mim
Nem o ex-ministro da Agricultura Nery Geller nem a atual ministra, Kátia Abreu, se deram conta da presença do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na cerimônia de transmissão de cargo ontem, na sede do ministério, em Brasília. Em meio a uma extensa lista de autoridades presentes, esqueceram de afagar o ministro cuja opinião pesará muito na formulação no novo plano Safra (2014-2015), a ser discutido nos próximos meses.
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Com Leonardo Fuhrmann

Colaborou Edla Lula
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