Por monica.lima
O PT afrouxará as regras de seu estatuto para permitir a participação nos encontros de militantes%2C simpatizantes e aliadosDivulgação

Em reunião de sua Executiva na semana passada, o Diretório do PT de São Paulo definiu um calendário de reuniões em todo o Estado para discutir a ação e o posicionamento de seus militantes sobre o movimento que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um ato foi convocado para o próximo dia 15. Partidos como o Solidariedade e centrais como a Força Sindical anunciam apoio ao evento e prometem arregimentar oposicionistas. Vários encontros de petistas serão realizados para definir uma resposta unificada dos seus líderes e militantes, além da estratégia para rebater ataques, principalmente nas redes sociais. Serão realizadas reuniões nas macro-regiões do Estado (como Presidente Prudente e Vale do Paraíba, por exemplo) e nas secretarias e grupos setoriais.

O PT afrouxará as regras de seu estatuto para permitir a participação nesses encontros de militantes, simpatizantes e aliados. Tenta assim, também, retomar antigas relações com integrantes de movimentos sociais. O partido avalia que, no momento, “é mais importante escutar do que falar”, de acordo com um integrante da Executiva. Nas discussões preliminares, o PT ressalta - e quer que seus militantes enfatizem - que acusados pela Operação Lava Jato têm feito, em delações premiadas, “denúncias sem provas”. Dirigentes propuseram que advogados encaminhem ações na Justiça contra os acusadores. Um ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, disse que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, teria recebido US$ 200 milhões de propina de contratos. O partido fará depois um encontro estadual no final do mês e um nacional, em junho.

Convidado especial

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) continua conversando com o deputado Paulinho da Força sobre a possibilidade de migrar para o Solidariedade. Ela fará 70 anos no dia 18 e convidou Paulinho para sua festa, dois dias depois, no apartamento dela e do marido, Marcio Toledo, nos Jardins.

Utilidade do evento

O governo federal usou as imagens das manifestações de junho de 2013 na convocação de jovens para a 3ª Conferência Nacional da Juventude, cujo processo se inicia em maio e vai até dezembro. O vídeo cita propostas de dois encontros anteriores que se transformaram em política pública.

Expectativa no MPF

No centro de especulações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mantém o silêncio sobre como vai agir em relação aos políticos com foro privilegiado citados na Lava-Jato. Na semana passada, ele recebeu apoio de colegas do MPF por causa de ameaças à sua integridade física.

CPI pode focar parlamentares citados

Relator da nova CPI da Petrobras, instalada na semana passada, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) deve apresentar hoje o seu plano de trabalho para a comissão. Mas os integrantes do colegiado acreditam que o planejamento deve mudar em breve, por conta dos pedidos de investigação que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai enviar em breve ao STF. Conforme os interesses, a CPI pode se debruçar mais sobre a situação de parlamentares citados nas investigações.

Estratégia é estender as apurações

A estratégia dos petistas da comissão será levar as apurações para o período mais longo possível, a fim de reforçar o discurso de que a corrupção era um problema antigo e só foi combatido agora. E conta com dois trunfos para tratar do período a partir de 1997: os depoimentos dos delatores, que apontam o ano como o início das irregularidades; e a chamada Lei do Petróleo (9478/97), que abriu o mercado para estrangeiros e desobrigou a Petrobras de fazer licitações.

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Com Leonardo Fuhrmann

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