Por monica.lima

Perdeu sentido a frase "é fácil fazer oposição" que os governos costumavam usar para rebater propostas supostamente levianas de seus críticos. Recentes posições tomadas pelo PSDB revelam um partido metido numa saia justa na hora de votar o fim da reeleição e fator previdenciário, medidas que adotou quando era governo. Que fazer? Muitos tucanos votaram contra, alinhados à ala mais radical do PT e em oposição à maioria da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff.

A verdade é que esse grupo do PSDB comportou-se como o PT no passado, sempre inclinado a adotar um comportamento mais populista como forma de não perder eleitores. Hoje, os tucanos não estão seguros da melhor atitude a tomar e relutam até mesmo a defender o ajuste do ministro Joaquim Levy, embora ele seja, na essência, aquilo que um eventual governo Aécio Neves também faria. A melhor receita talvez seja primeiro resolver as ambiguidades internas e depois explicar para os eleitores a diretriz afinal aprovada.

Efeito colateral

Apesar da perspectiva de êxito dos Jogos Olímpicos, no ano que vem, o futuro do Rio de Janeiro preocupa Brasília. Como a Petrobras é o eixo da economia local, a crise da empresa, que já dura ... meses, arrasou as finanças do estado. A interrupção de contratos com grandes empreiteiras, a maioria arrolada pelo petrolão, travou a geração de negócios e receitas. Como o Rio gasta mais do que arrecada, a exemplo da maioria dos estados, não há solução à vista.

Levy = Meirelles

Um fundador do PT que não irá ao congresso do partido, na quinta-feira, 11, pergunta: qual a diferença entre Henrique Meirelles e Joaquim Levy, para o partido querer mudar a política econômica? Resposta: nenhuma. Quando os radicais apontam para o ministro da Fazenda, na verdade estão mirando a chefe Dilma Rousseff.

Planos econômicos

Não tem sentido a especulação de que o julgamento das ações de correção dos planos econômicos poderia ser inviabilizada caso o ministro Luiz Fachin se considerar impedido. Quem pensa assim, invoca o regimento do Supremo, segundo o qual com menos de oito ministros a questão não poderia ser apreciada (outros três já pediram para não participar). Em situações como essa, recorre-se a uma súmula vinculante (decisão que tem que ser respeitada por todas as instâncias da Justiça) assinada pela maioria dos ministros.

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