Presidente da República, Jair Bolsonaro orientou a comemoração da data que celebra o início da ditadura no Brasil - AFP
Presidente da República, Jair Bolsonaro orientou a comemoração da data que celebra o início da ditadura no BrasilAFP
Por MARTHA IMENES

Washington (EUA) - Em sua primeira visita oficial aos Estados Unidos, a "first stop" do presidente Jair Bolsonaro foi a Agência Central de Inteligência (CIA) norte-americana - que sequer restava prevista na agenda -, em companhia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Detalhes dessa visita não foram revelados. Segundo o porta-voz da Presidência, Rêgo Barros, o presidente tratou de assuntos sobre cooperação na área de inteligência.

No Twitter, principal meio de comunicação de Bolsonaro, que assim como o presidente norte-americano, Donald Trump, anuncia as informações oficiais, não mencionou nada sobre a "chegadinha" à CIA. Quem "dedurou" a visita extraoficial foi o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que tuitou - como de praxe - contanto a novidade.

No seu perfil no microblog, Bolsonaro se restringiu a elogios ao governo norte-americano. "Nos hospedaremos na Blair House. É uma honraria concedida a pouquíssimos Chefes de Estado, além de não custar um centavo aos cofres públicos. Agradecemos ao Governo Americano a todo respeito e carinho que nos está sendo dado", escreveu o presidente. Vale ressaltar que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff também se hospedaram na Blair House sem custo para o governo brasileiro.

SUMIÇO

Após sair da agência de inteligência, Bolsonaro "desapareceu" por duas horas para relaxar, conforme informações do jornal O Globo. Segundo um dos auxiliares presidenciais, o presidente deixou a sede da CIA por volta das 10h, horário local, acompanhado de seguranças e seu destino não foi informado. O assessor informou que Bolsonaro tirou o período para poder relaxar, "coisa que não pode fazer no Brasil".

Auxiliares mais próximos afirmaram que ele estava em "agenda privada". Ele retornou à Blair House, onde está hospedado, cerca de duas horas depois e a equipe do governo informou apenas o momento da chegada.

Vistos liberados

De forma unilateral, Bolsonaro assinou um decreto, que saiu publicado no DO, dispensando o visto de entrada no Brasil para canadenses, australianos, japoneses e norte-americanos. Mas brasileiros que queiram visitar os EUA têm que tirar o documento.

As novas regras serão aplicadas para quem permanecer em território brasileiro por até 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, desde que não ultrapassem 180 dias a cada 12 meses. A dispensa de visto passará a valer a partir de 17 de junho.

Países assinam acordo sobre Alcântara

Conforme previsto na agenda, ontem foi assinado um acordo entre Brasil e EUA sobre a Base de Alcântara, no Maranhão. Após assinar o acordo Bolsonaro voltou a elogiar Trump e citou a Venezuela. "Temos alguns assuntos que estamos trabalhando em conjunto, reconhecendo, obviamente, a capacidade econômica, bélica, entre outras, dos Estados Unidos. Temos que resolver a questão da nossa Venezuela", afirmou.

No mesmo evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a citar a Reforma da Previdência e agradou os ouvintes.

Para hoje está previsto o encontro com Trump. Fechada a outros participantes, a conversa entre os dois presidentes só terá a presença de tradutor. A expectativa é que após o encontro os dois presidentes, adeptos da tuitada, contem tudo pelo microblog.

 

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