Por O Dia

Brasília - A gráfica que imprimiria as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para novembro, pediu falência ontem e decidiu encerrar suas atividades no país.  A RR Donnelley, uma multinacional que atuava no país há 25 anos, culpou as "atuais condições de mercado na indústria gráfica e editorial tradicional". Até o fechamento desta edição, o Ministério da Educação não havia informado se haveria necessidade de alterar o cronograma do Enem.

O prazo para os pedidos de isenção da taxa de inscrição foi aberto ontem, e as inscrição estão previstas para acontecer entre 6 e 17 de maio. As provas do Enem estão marcadas para os dias 3 e 10 de novembro em todo Brasil. Em nota, a multinacional, que imprimia as provas desde 2009, informou que registrou uma redução do volume de trabalho contratado ao perder um de seus principais clientes.  

A estudante Crislânia Silva de Lima, de 18 anos, aluna de um curso pré-vestibular para Fisioterapia, disse que sua maior preocupação é em relação aos impactos no calendário do Enem 2019. "Ficamos de olho nas informações. Pode ser que tenham que diminuir gastos com provas e isso pode resultar em diminuir um dia de exame, por exemplo, o que prejudicaria o estudante, já que temos dois domingos de prova", disse.

Para o diretor do Cursinho da Poli, Gilberto Alvarez, a aplicação do Enem exige cumprimento "absolutamente rigoroso" do calendário e a falência da empresa pode acarretar em atrasos. "Por mais que o governo faça um edital emergencial para trocar a gráfica, o risco de o calendário não ser cumprido é muito grande." (Com Estadão Conteúdo)

 

 

 

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