O secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten, se defendeu das acusações de reportagem do jornal Folha de S. Paulo que apontam suposto conflito de interesse na participação dele como sócio na empresa FW Comunicação e Consultoria. Fundada pelo secretário, a companhia tem como clientes emissoras de TV e agências de publicidade, que também recebem recursos de publicidade do governo federal.
O titular da Secom disse que, antes de assumir o cargo, em abril de 2019, se desvinculou da gestão da empresa, conforme orientação de órgãos de controle do próprio governo, como forma de se adequar à legislação vigente.
"Não tenho absolutamente nada a esconder. À época da minha nomeação, foi orientado, foi ordenado que saísse do quadro da gestão da FW Comunicação e Marketing, atitude essa imediatamente cumprida e vistoriada pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria Geral da Presidência (SAJ) e pela Comissão de Ética da Presidência da República. Muito me surpreende esse escândalo agora, por conta disso", afirmou.
O secretário afirmou que os acordos comerciais foram feitos antes de seu ingresso na Secom - o da Band, por exemplo, há 16 anos, explicou. Esses contratos, de acordo com ele, "não sofreram qualquer reajuste ou ampliação" desde então.
Wajngarten ainda falou de sua transparência e que não fez nada de errado. "É realmente um absurdo esse tipo de matéria. Eu não estou aqui para fazer negócios, estou aqui para transformar a comunicação da Presidência da República, com a maior ética possível, com a maior transparência possível, com a maior modernidade possível", acrescentou.
Por fim, o secretário informou que informações sobre as suas receitas estão à disposição "para quem quiser". Ele disse ainda que grupos econômicos estão por trás do que considera uma acusação injusta. "Enquanto continuar aqui, enfrentarei grupos monopolistas e poderosos, sem temer e recuar", afirmou o secretário.
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