Segundo o presidente, a pauta do ato que teve sua participação era apenas "povo na rua, dia do Exército e volta ao trabalho". Confrontado com o fato de que os manifestantes também pediam a volta do AI-5, afirmou que "pedem desde 1968".
"Todo e qualquer movimento tem infiltrados, tem gente que tem a sua liberdade de expressão. Respeitem a liberdade de expressão", afirmou.
Para o advogado especialista em Administração Pública e professor da PUC-RJ, Manoel Peixinho, o comportamento de Bolsonaro é gravíssimo. "É um retrocesso democrático", advertiu. E informou que todo presidente de um país democrático que fizer em público propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social está cometendo um crime contra a soberania popular. "Está previsto na Lei 7.170/1983. Ou seja, o presidente e quem mais defender um regime de exceção está sujeito ao enquadramento".
PGR pede abertura de inquérito ao Supremo
Mais cedo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, condenou qualquer tipo de autoritarismo e de ataque contra as instituições democráticas. Toffoli afirmou que não há qualquer solução para o país que não seja dentro da democracia.
"Neste momento, é bom sempre relembrar a importância que essas seis instituições tiveram na redemocratização do País, no processo constituinte", disse Toffoli.