Desembargador Thompson Flores é um dos cotados para o cargo - Rovena Rosa/Agência Brasil
Desembargador Thompson Flores é um dos cotados para o cargoRovena Rosa/Agência Brasil
Por O Dia

Os nomes dos novos ocupantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do diretor-geral da Polícia Federal ainda são um mistério. A expectativa era de que ontem o presidente Jair Bolsonaro divulgasse seus escolhidos mas, segundo ele, "falta tinta na caneta". No sábado, o presidente chegou a se reunir com aliados no Palácio da Alvorada para discutir nomes. Mas os nomes não foram consenso. Na rampa do Planalto, ao ser indagado sobre o que faltava para consolidar a decisão, Bolsonaro respondeu: "Tinta na caneta BIC", e mostrou a caneta enquanto fazia pose de quem segurava uma arma.

Bolsonaro afirmou ainda que nesta terça-feira os nomes devem ser divulgados pelo Diário Oficial da União e que as pessoas serão surpreendidas com as escolhas para a Justiça e a PF.

Os nomes mais cotados para substituir Sergio Moro e Maurício Valeixo são os do atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, e o do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, respectivamente.

Ambos são próximos do clã Bolsonaro e existe o temor de que sejam alçados ao cargo com o objetivo de barrar investigações envolvendo os filhos do ex-capitão, como o envolvimento direto na criação de fake news para atacar adversários políticos do governo.

Caso a escolha recaia sobre Oliveira, o atual chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Flávio Rocha, iria para o seu lugar na Secretaria-Geral.

DO TRF-4

Um outro nome que ganhou força para o lugar de Moro é o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele é uma indicação de integrantes da ala militar do governo. O nome do Advogado-Geral da União, André Luiz Mendonça, também passou a ser considerado.

A exemplo do que ocorreu em outras substituições de ministros, o grupo mais próximo ao presidente tenta encontrar nomes que possam ter respaldo na opinião pública e livrar o governo de críticas. Bolsonaro, por sua vez, insiste que precisa ter uma pessoa de confiança no cargo.

 

Você pode gostar
Comentários