Por diana.dantas

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deve depor na CPI da Petrobras na quinta-feira, informou nesta terça o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

Motta disse ter recebido um telefonema em que Cunha expressou novamente seu desejo de prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que apura denúncias de corrupção em contratos da Petrobras.

Antes mesmo da confirmação oficial do STF, o presidente da Casa havia comparecido de surpresa à CPI na semana passada para declarar que estava à disposição da comissão.

"Recebi uma ligação do presidente (Cunha) expressando o seu desejo de vir a esta comissão e nós estamos aqui marcando para a próxima quinta-feira", disse Motta.

Segundo o presidente da CPI, além de Cunha, a comissão deve contar com o depoimento do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli no mesmo dia.

Na última sexta-feira, o ministro do STF Teori Zavascki, relator do caso, autorizou a abertura de 21 inquéritos para investigar 49 pessoas, sendo 47 políticos com ou sem mandato e outros dois supostos envolvidos.

Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão entre os investigados. Ambos são alvo de requerimentos de convocação à CPI protocolados na segunda-feira.

O envolvimento de parlamentares em esquema de corrupção na Petrobras é apurado pela Justiça com base nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

As denúncias de corrupção na empresa motivaram a criação neste ano da CPI na Câmara, que tem a primeira oitiva nesta terça, quando os deputados devem ouvir o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que também fechou acordo de delação premiada à Justiça.

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