Setembro amarelo - Cabo Frio  - Imagem de internet
Setembro amarelo - Cabo Frio Imagem de internet
Por Juarez Volotão
Cabo Frio -  A campanha 'Setembro Amarelo' de prevenção ao suicídio, surgiu em 1994 nos Estados Unidos após um jovem americano de apenas 17 anos ser encontrado morto, depois de cometer suicídio dentro de seu carro, um mustange amarelo que ele mesmo pintou. A mãe, no enterro do filho, levou muitos laços amarelos para homenageá-lo e com isso, a campanha ganhou força e foi se espalhando pelo mundo, até desembarcar no Brasil em 2014, visando a conscientização da população sobre a importância da prevenção ao suicídio.  
Segundo a Psicóloga Sônia Martins em entrevista ao programa 'Falando Francamente Com Você', apresentado pelo jornalista Juarez Volotão na Rádio Ondas FM, em uma sala com 30 pessoas, 5 delas já pensou em suicídio, 17% dos brasileiros em algum momento da vida já pensaram em suicídio e a cada 46 minutos no Brasil, uma pessoa comete o suicídio: 'Cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso e humilhação são um dos motivos que levam uma pessoa a cometer o suicídio e a tirarem a sua própria vida, sendo a depressão a maior causa delas', afirma a Psicóloga. 
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Especialistas informam que 90% dos suicídios podem ser prevenidos, por isso devemos deixar os tabus de lado e falar sobre o assunto, afirmando que falar é a melhor solução e ainda, quebrar os preconceitos rotineiros de que se trata de falta de fé ou frescura, já que o assunto envolve alguns tabus religiosos. 'Quando uma pessoa pensa em se matar, ela na verdade não quer tirar a própria vida e sim matar a dor psíquica pela qual está passando. O suicídio nem sempre está ligado a uma doença mental grave, mas sim a um momento crítico que pode ser superado. Importante é não acumular dentro de si nenhuma emoção negativa, externando as emoções e liberando o que sentimos', declara Sônia Martins em entrevista. 
Diferente do que pensam ou até do que alguns falam, os suicidas, ou as pessoas que estão pensando em se suicidar, apresentam sinais, tais como auto mutilação, desleixo repentino com a saúde, isolamento, mudança abrupta de comportamento, alteração constante de humor e tristeza. 'Procure ter mais horas produtivas e de prazer com o seus filhos, parceiros e parceiras e com os amigos. Dêem atenção e se perceberem algo diferente, pergunte se precisam de ajuda, demonstre interesse. Ouçam, sem preconceito, sem críticas, apenas os escute. Olhar o outro com um olhar de amor faz toda diferença e nos torna mais humanos', encerra a Psicóloga Sônia Martins, reforçando ainda a necessidade de termos empatia, com os outros e com as vidas para mudarmos esse quadro crescente no número de suicídios em nossa cidade, estado e no Brasil.