Prefeito esteve de manhã na UPA de Tamoios conferindo o uso do respirador que foi remanejado do Hospital de Tamoios que está fechado.
Prefeito esteve de manhã na UPA de Tamoios conferindo o uso do respirador que foi remanejado do Hospital de Tamoios que está fechado.Letycia Rocha
Por Renata Cristiane
Cabo Frio atingiu 100% de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 neste sábado (13), segundo o secretário de Comunicação, Marcos Azevedo. Com isso, o município teve que remanejar equipamentos entre as unidades de saúde municipais, criando novas vagas. Durante a semana passada, a cidade chegou a marca de 93% dos leitos públicos ocupados.

De acordo com os números divulgados em boletim pela Prefeitura neste domingo (14), a rede privada está com lotação máxima. No Hospital Santa Izabel, o leito disponível para o município tem paciente internado, assim como os sete privados. Os dez leitos disponíveis de enfermaria da unidade particular também estão lotados. A Clinerp não divulgou os números.

Já na rede pública, o número de leitos na UTI neste domingo é de 19, com a criação das novas vagas. As Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cabo Frio, no bairro Parque Burle e de Tamoios, estão com as duas vagas lotadas. O Hospital Municipal São José Operário (HMSJO), no bairro São Cristóvão, está com a taxa de ocupação em 20%, com quatro, das cinco vagas livres e, o Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos, no Jardim Esperança, segue com 80% dos leitos ocupados, ou seja, há apenas duas vagas disponíveis.

Em uma publicação nas redes sociais, a internauta Gilsana Rosa Libsoa chegou a comentar que o genro havia sido transferido para um hospital no Rio de Janeiro, pois todas as vagas do Hospital do Jardim Esperança estavam ocupadas.
Internauta afirmando que sogro precisou ser transferido para Rio das Ostras - Internet
Internauta afirmando que sogro precisou ser transferido para Rio das OstrasInternet
Na enfermaria, há 15 vagas exclusivas para pacientes com coronavírus: sendo quatro na UPA de Tamoios, das quais duas estão ocupadas; três livres na UPA do primeiro distrito; e quatro livres no HMSJO e HMOCS cada.

Na noite desse sábado, a Prefeitura de Cabo Frio realizou a transferência de oito respiradores e seis camas fawler do Hospital Municipal de Tamoios para o Hospital do Jardim Esperança, que é a unidade de referência no atendimento clínico de pacientes da Covid-19 na cidade desde o fechamento do hospital de campanha. Visando reforçar o atendimento no segundo distrito, dois respiradores foram transferidos para a UPA de Tamoios, sendo que um deles já foi utilizado no momento em que chegou à unidade. A possibilidade da transferência dos equipamentos entre os hospitais municipais já havia sido discutida na reunião do Gabinete de Solução durante a manhã.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde reiterou que "de acordo com o aumento da ocupação dos leitos convencionais e dos leitos de unidade de tratamento intensivo, e da impossibilidade técnico-estrutural de abertura atual do Hospital de Tamoios, emergencialmente as estruturas serão instaladas no Jardim Esperança em virtude da posição logística privilegiada, que permite o atendimento central, ao segundo distrito e às demais regiões cabo-frienses".
O prefeito Bonifácio se viu obrigado a remanejar respiradores de um hospital que estava fechado para outros criando às pressas, 10 novos leitos de UTI para COVID - Letycia Rocha
O prefeito Bonifácio se viu obrigado a remanejar respiradores de um hospital que estava fechado para outros criando às pressas, 10 novos leitos de UTI para COVIDLetycia Rocha
Na manhã deste domingo (14), o prefeito José Bonifácio realizou uma visita na UPA de Tamoios e transmitiu em tempo real nas redes sociais (confira no final da matéria). Ele destacou que os respiradores tinham sido alugados pela prefeitura e estavam parados no Hospital de Tamoios e a melhor solução foi o remanejamento do equipamento para melhor atender a população, visto o esgotamento das vagas voltadas para pacientes com coronavírus.

Bonifácio comentou ainda sobre o motivo de não abrir o Hospital de Tamoios. O prefeito informou que ainda há problemas na parte estrutural da unidade de saúde, elétrica, além de falta de equipamento e pessoal, e que o município não tem recursos para realizar contratações, aquisições e reformas, sendo o remanejamento a melhor opção encontrada no momento.