Publicado 19/07/2021 19:23
Investidores denunciam corretora do “ramo de bitcoins” por golpe em Cabo Frio
Empresa do bairro Jardim Esperança tem cerca de 10 mil clientes e prometia juros de 30% ao mês; encerramento das atividades após descumprimento de contrato foi anunciada
Investidores do mercado financeiro de Cabo Frio acusam uma empresa localizada no bairro Jardim Esperança, de aplicar golpes envolvendo bitcoins. A corretora financeira Black Warrior prometia lucros de 30% ao mês em cima do valor aportado.
Ao O Dia, diversas vítimas relataram que investiram altas quantias no negócio. “Tem pessoas que investiram tudo o que tinham. Venderam casa, carro, estão com o aluguel atrasado”, relatou um dos investidores lesados.
A corretora, cujo CNPJ teve início das atividades em março deste ano, ganhou destaque no mercado de criptomoedas na região ao prometer lucros mais altos do que outras do mesmo ramo – enquanto a maioria oferece 10% ao mês, a Black Warrior assegurava volta de 30% do valor investido – mas não garantiu o previsto no contrato.
Com a promessa quebrada em pouco mais de três meses de operações, a BW disse que o lucro dos investidores cairia para 15%, mas “ainda assim não honrou com o prometido novamente e não está pagando. Com inúmeras desculpas”, conta uma das vítimas da corretora.
Diariamente, investidores lesados pela empresa formam uma fila quilométrica em uma galeria onde fica localizada a empresa, na Avenida Ézio Cardoso da Fonseca. Investidores que caíram no golpe chegaram a criar um grupo no WhatsApp, como forma de manter contato e tentar receber algum posicionamento da BW.
“As pessoas estão indo à empresa por volta das 5h, ficam na fila, tentam receber pelo menos o dinheiro investido de volta. Tudo foi firmado em contrato autenticado em cartório, mas nada do que foi prometido é cumprido”, lamenta uma das vítimas.
No início desse mês, um grupo de investidores protestou na sede do negócio. Uma das vítimas chegou a se exaltar e, com um pedaço de madeira em mãos, a mulher gritava que queria o dinheiro de volta.
Segundo o comunicado, a BW chega ao fim devido a “casos de força maior que afetaram o mercado e também devido a um atentado à vida de um dos sócios, pelo atraso de cinco dias nos pagamentos”. Em junho, um dos empresários da Black Warrior sofreu uma tentativa de homicídio na manhã do dia 10. O carro que pertencia à vítima foi alvejado quando saía de um condomínio. O trader não estava no veículo no momento, que era dirigido pelo motorista. O carro era blindado e o homem não sofreu ferimentos.
PROMESSA DE DEVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS
A Black Warrior começou a informar aos investidores, por meio de consultores, nesta segunda-feira (19), que vai realizar o estorno do capital investido de todos os clientes.
Conforme a corretora, a devolução dos valores será feita de forma gradual. Clientes que investiram o valor em junho, que não receberam nenhuma rentabilidade, terão prioridade no estorno e recebem primeiro.
Em seguida, serão devolvidos os valores dos investidores de maio, que receberam uma rentabilidade; seguidos dos de abril e março, com duas e três rentabilidades consecutivamente.
“Clientes que quiserem um acordo terão uma agilidade, pois terá uma planilha de acordo também”, afirma um consultor da empresa, identificado como Thiago.
A reportagem do O Dia entrou em contato com as polícias Federal e Civil, mas não recebeu nenhum retorno até o fechamento desta matéria.
Empresa do bairro Jardim Esperança tem cerca de 10 mil clientes e prometia juros de 30% ao mês; encerramento das atividades após descumprimento de contrato foi anunciada
Investidores do mercado financeiro de Cabo Frio acusam uma empresa localizada no bairro Jardim Esperança, de aplicar golpes envolvendo bitcoins. A corretora financeira Black Warrior prometia lucros de 30% ao mês em cima do valor aportado.
Ao O Dia, diversas vítimas relataram que investiram altas quantias no negócio. “Tem pessoas que investiram tudo o que tinham. Venderam casa, carro, estão com o aluguel atrasado”, relatou um dos investidores lesados.
A corretora, cujo CNPJ teve início das atividades em março deste ano, ganhou destaque no mercado de criptomoedas na região ao prometer lucros mais altos do que outras do mesmo ramo – enquanto a maioria oferece 10% ao mês, a Black Warrior assegurava volta de 30% do valor investido – mas não garantiu o previsto no contrato.
Com a promessa quebrada em pouco mais de três meses de operações, a BW disse que o lucro dos investidores cairia para 15%, mas “ainda assim não honrou com o prometido novamente e não está pagando. Com inúmeras desculpas”, conta uma das vítimas da corretora.
Diariamente, investidores lesados pela empresa formam uma fila quilométrica em uma galeria onde fica localizada a empresa, na Avenida Ézio Cardoso da Fonseca. Investidores que caíram no golpe chegaram a criar um grupo no WhatsApp, como forma de manter contato e tentar receber algum posicionamento da BW.
“As pessoas estão indo à empresa por volta das 5h, ficam na fila, tentam receber pelo menos o dinheiro investido de volta. Tudo foi firmado em contrato autenticado em cartório, mas nada do que foi prometido é cumprido”, lamenta uma das vítimas.
No início desse mês, um grupo de investidores protestou na sede do negócio. Uma das vítimas chegou a se exaltar e, com um pedaço de madeira em mãos, a mulher gritava que queria o dinheiro de volta.
Segundo o comunicado, a BW chega ao fim devido a “casos de força maior que afetaram o mercado e também devido a um atentado à vida de um dos sócios, pelo atraso de cinco dias nos pagamentos”. Em junho, um dos empresários da Black Warrior sofreu uma tentativa de homicídio na manhã do dia 10. O carro que pertencia à vítima foi alvejado quando saía de um condomínio. O trader não estava no veículo no momento, que era dirigido pelo motorista. O carro era blindado e o homem não sofreu ferimentos.
PROMESSA DE DEVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS
A Black Warrior começou a informar aos investidores, por meio de consultores, nesta segunda-feira (19), que vai realizar o estorno do capital investido de todos os clientes.
Conforme a corretora, a devolução dos valores será feita de forma gradual. Clientes que investiram o valor em junho, que não receberam nenhuma rentabilidade, terão prioridade no estorno e recebem primeiro.
Em seguida, serão devolvidos os valores dos investidores de maio, que receberam uma rentabilidade; seguidos dos de abril e março, com duas e três rentabilidades consecutivamente.
“Clientes que quiserem um acordo terão uma agilidade, pois terá uma planilha de acordo também”, afirma um consultor da empresa, identificado como Thiago.
A reportagem do O Dia entrou em contato com as polícias Federal e Civil, mas não recebeu nenhum retorno até o fechamento desta matéria.
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