Publicado 01/09/2021 17:48
Um novo desdobramento do caso do esquema de pirâmide financeira de Glaidson Acácio dos Santos aconteceu na última sexta-feira (27). Uma servidora pública entrou na Justiça buscando recuperar os mais de R$ 195 mil investidos na empresa GAS Consultoria. A ação pede o ressarcimento total do valor e mais R$ 25 mil em indenizações, totalizando R$ 220 mil. Até esta terça-feira, 1º de setembro, ainda não há atualizações sobre o caso que corre na 5ª Vara Cível da Barra da Tijuca.
No processo, além da empresa GAS Consultoria, uma das organizações que Glaidson era proprietário, é citado duas outras empresas: o Quantico Bank e a MYDZerpa Tecnologia Eireli. A primeira corporação seria a responsável financeira do esquema, já a segunda lidava com os aportes monetários dos investidores. Também envolvida na pirâmide financeira e apontada como o braço direito de Glaidson, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa era proprietária da MYDZerpa Tecnologia Eireli.
A servidora pública foi mais uma das seduzidas pelas incríveis promessas de lucros de aproximadamente 10% ao mês nos investimentos em bitcoins. De acordo com a ação, ela foi surpreendida quando a GAS Consultoria ganhou as manchetes dos jornais. Os autos do processo também afirmam que só após a cobertura jornalística a servidora tomou conhecimento do envolvimento na pirâmide financeira.
Após prisão de Glaidson e toda a polêmica que permeou os jornais, a ex-cliente pediu a devolução do dinheiro, mas ouviu de operadores da GAS que "a devolução do valor investido não seria possível, em função das disposições contratuais". De acordo com o documento assinado por ela ao primeiro investimento, os montantes investidos só poderiam ser devolvidos ao final do contrato.
Porém, outra clausula contratual mostra uma “brecha” que poderia fazer com que a servidora revesse o dinheiro. Segundo os autos, uma das possibilidades para rescisão contratual seria a "prática de atos, por parte da contratada, que importem em descrédito comercial perante terceiros”.
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