Entre quinta (9) e sexta-feira (10), André Ceeciliano (PT) terá uma série de encontros com autoridades e entidades empresariais para apresentar o Fundo Soberano e mapear as potencialidades econômicas regionaisRafael Wallace
Publicado 09/12/2021 17:20
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), visitou, na manhã desta quinta-feira (9), o Aeroporto Internacional de Cabo Frio, na primeira agenda de divulgação do Fundo Soberano na Região dos Lagos. O terminal tem a segunda maior pista do Estado do Rio de Janeiro e recebe voos comerciais de passageiros e de cargas, nacionais e internacionais, com capacidade de receber trânsito de 570 mil passageiros por ano. Sua localização é considerada estratégica para o desenvolvimento da região e do estado.
“Cabo Frio tem um dos melhores aeroportos do Brasil e precisamos potencializar esse local para atrair emprego e renda para a região. Esse aeroporto só faz crescer. Por ele chegam 25% do total de produtos importados do estado. Visitamos galpões onde as maiores empresas de aviação de helicópteros estão presentes e o entorno do terminal é propício para a instalação de companhias. Temos que impulsionar o turismo. Atualmente só há um voo diário e, em breve, serão dois”, afirmou Ceciliano, que foi recebido pelo diretor-geral do aeroporto, Rodrigo Abreu.
Entre quinta (9) e sexta-feira (10), o presidente da Alerj terá uma série de encontros com autoridades e entidades empresariais para apresentar o Fundo Soberano e mapear as potencialidades econômicas regionais. O Fundo é um misto de reserva e aplicação financeira, constituído com recursos excedentes dos royalties e participações especiais do petróleo e do gás natural. A estimativa é de que ele já inicie o ano de 2022 com cerca de R$ 2,4 bilhões em caixa.
Durante a visita, Rodrigo Abreu destacou os projetos que estão sendo implementados no terminal. “Ao redor do aeroporto há uma área de dois milhões de metros quadrados, que será uma Zona de Expansão Industrial. Queremos montar um ecossistema de negócios na região. Atualmente, já criamos um Business Park, que é uma incubadora de empresas. A finalidade é fornecer escritórios para esses grupos e, futuramente, alugar espaços na região”, antecipou o diretor do aeroporto, destacando ainda que já há acordos comerciais com a Câmara de Comércio da Noruega, do Reino Unido e do Texas, nos Estados Unidos.
O diretor também citou medidas que podem fomentar a atividade do aeroporto e fortalecer a economia local: “Primeiro, para impulsionar as cargas e o ambiente de negócios da região é necessário destravar a mecânica burocrática tributária. Também propusemos a criação de um fundo para subsidiar novas rotas de passageiros e atrair empresas aéreas. É importante bancar uma rota por um período. O acesso rodoviário também precisa melhorar, principalmente após a Via Lagos”, concluiu.
Antonov
A visita de Ceciliano ocorre no dia em que o terminal recebe o segundo maior avião de cargas do mundo, o Antonov AN-124-100. O cargueiro chega de Houston, nos EUA, com previsão de chegada às 16h, com 40 toneladas de carga para a indústria. O destino das cargas é a cidade de Macaé, no Norte Fluminense.
O Antonov AN-124-100 tem 68,9 metros de comprimento e pode embarcar até 150 toneladas de cargas. O modelo já transportou vagões de trem para a Irlanda, além de um submarino de resgate da Marinha americana. As aeronaves também são usadas em ações humanitárias.
O aeroporto
Inaugurado em 1998, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio está habilitado a operar grandes aeronaves cargueiras. É o primeiro terminal público com gestão privada do Brasil. Atualmente, as empresas Azul e Gol oferecem voos de passageiros e a Latam voos de cargas. O aeroporto também recebe voos internacionais fretados de passageiros e carga, de aviação geral e offshore.
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