Da esquerda para a direita: o coordenador das Engenharias do Isecensa, Pompilio Reis, a professora Laryce Souza, e os criadores da cadeira para leitos William Moreira e Glauber Ribeiro - Divulgação
Da esquerda para a direita: o coordenador das Engenharias do Isecensa, Pompilio Reis, a professora Laryce Souza, e os criadores da cadeira para leitos William Moreira e Glauber RibeiroDivulgação
Por O Dia
Campos — Quem já acompanhou uma pessoa que precisa ficar acamada por longo período de tempo, com mobilidade reduzida, sabe os problemas que isso gera, normalmente agravando o quadro de saúde do paciente. Depois de uma visita ao Asilo Monsenhor Severino, foi essa percepção que motivou Glauber Ribeiro e William Gomes, estudantes de engenharia mecânica, a projetar uma cadeira adaptável ao leito, reduzindo os danos provocados pela imobilidade excessiva.
O móvel é feito de tubos de PVC, pelo baixo custo, pouco peso e resistência, e permite aos pacientes se sentar à beira da cama para tomar medicação, assistir TV, fazer fisioterapia, entre outras atividades comuns do dia a dia.
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“Sabemos que esta situação impacta diretamente no bem-estar e até mesmo contribui para doenças que podem surgir em decorrência da imobilidade, como pneumonia e úlcera de pressão”, comenta Laryce Souza, professora do curso de Engenharia do Isecensa, e que orientou Ribeiro e Gomes na criação e confecção das cadeiras.
Os alunos iniciaram o projeto a partir de uma visita ao Monsenhor Severino no mês passado, quando conheceram os leitos usados pelos idosos e fazer as medições. Posteriormente, se reuniram semanalmente no Laboratório de Usinagem e Soldagemda instituição de ensino para condução dos trabalhos.
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Foram produzidas quatro cadeiras. A depender dos resultados e da eficiência da criação, o objetivo é expandir o projeto no Isecensa no próximo ano letivo.
“Vamos avaliar parcerias com outras entidades e hospitais, mobilizando ainda mais alunos. Além disso, até mesmo estudar novas possibilidades através do Programa Voluntário de Iniciação Científica (Provic) do Isecensa, com tecnologia agregada às construções”, prevê Laryce.
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Os alunos da faculdade campista usaram como ponto de partida o projeto de um fisioterapeuta de São Paulo, ciente dos graves problemas que a imobilidade provoca em pessoas acamadas. Como a iniciativa não tem patente, pois visa justamente a sua ampla reprodução, foi possível aos estudantes do Isecensa criar a sua versão da cadeira.