O Rio Pomba, em Santo Antônio de Pádua, recuou e está 15cm abaixo de sua cota de transbordo - Reprodução
O Rio Pomba, em Santo Antônio de Pádua, recuou e está 15cm abaixo de sua cota de transbordoReprodução
Por O Dia
Campos — As chuvas deram uma trégua, mas os municípios do Norte e Noroeste Fluminense seguem em estado de alerta e contabilizando os prejuízos materiais e humanos. O nível dos principais rios que cortam a região ainda é elevado, apesar de várias cidades registraram estabilização ou recuo das águas. Entre as mais afetadas, Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna, com milhares de desabrigados ou desalojados.
O Rio Paraíba, em Campos bateu 9 metros na manhã desta segunda; a cota de transbordo é de 10,40m. Segundo o major Edison Pessanha, coordenador da Defesa Civil em Campos, não há risco iminente, mas a situação é de atenção. Em alguns distritos ao norte do município, banhados pelo Rio Muriaé, o cenário é outro. Na localidade de Três Vendas, famílias precisaram deixar suas casas.
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A prefeitura de Itaperuna estima que mais de duas mil pessoas estão desalojadas pela cheia do Muriaé, e cerca de 9 mil itaperunenses foram afetados de alguma forma. A principal avenida da cidade, a Cardoso Moreira, extensão da rodovia BR-356, foi totalmente interditada nesta manhã para veículos não oficiais. No entanto, a Defesa Civil local indicava redução gradual do nível do rio, a uma taxa de dois centímetros por hora. Mesmo assim, as forças de socorro continuam mobilizadas.
Porciúncula foi o município mais afetado proporcionalmente, com 85% território tendo ficado debaixo d’água durante a elevação do Rio Carangola. Cerca de 300 pessoas estão desalojadas e 84, desabrigadas.
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Em Pádua, o Rio Pomba recuou abaixo do limite de transbordo, e a expectativa é de que a tendência se mantenha. A última medição indicava 4,85m, 15cm abaixo da cota máxima.
Em Laje do Muriaé, pequeno município entre Itaperuna e Muriaé-MG, o rio também invadiu a cidade. Mais de 3 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas casas.
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Outros municípios como Cardoso Moreira, Italva, cortados pela BR-356, entre Campos e Itaperuna, ainda têm ruas e bairros alagados, mas também apontam estabilização e esperam pela baixa do Rio Muriaé nas próximas horas.