Campos — Um dique se rompeu, na tarde de terça, e o distrito de Três Vendas está ameaçado de alagamento. A prefeitura de Campos mobilizou suas forças de resposta a emergências para a localidade, que sofreu com cenário semelhante em 2007 e 2012. O prefeito Rafael Diniz passou a tarde em Três Vendas acompanhando os trabalhos de reforço nas estruturas de contenção para evitar um quadro mais grave no local, que já conta 32 famílias desalojadas.
“Desde sábado colocamos toda nossa estrutura à disposição dos moradores de Três Vendas, e hoje reforçamos a equipe”, disse Diniz, enquanto observava o trabalho dos homens da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e até do Exército. “Estamos trabalhando aqui 24 horas por dia, e vamos continuar enquanto houver necessidade”.
Três Vendas fica às margens da BR-356, próxima do encontro do Rio Muriaé, que banha o vilarejo, com o Rio Paraíba do Sul. Depois das cheias dos anos anteriores, foi construído o dique de Boianga, para evitar que a elevação do Muriaé atingisse as casas.
A Defesa Civil e os Bombeiros haviam bloqueado uma manilha que corre por baixo da BR-356, para que ela funcionasse como uma segunda barreira, mas o volume de água do Muriaé durante a madrugada rompeu também com essa outra contenção, colocando o distrito em risco. A rodovia Campos-Itaperuna já se rompeu nas enchentes de 2007 e 2012, por isso foi colocada a manilha.
“Estamos construindo uma vala de drenagem para evitar que a água chegue à comunidade”, explicou o prefeito de Campos.
“É uma intervenção preventiva, para evitar o avanço das águas”, comentou Cledson Bitencourt, secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana.
Além das ações de prevenção e mitigação dos danos materiais, assistentes sociais da prefeitura dão suporte às pessoas afetadas. Pryscila Marins, secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, também esteve em Três Vendas na tarde de terça, auxiliando na entrega de cestas básicas e itens de primeira necessidade.
“Identificamos pessoas precisando de atendimento médico e fizemos os devidos encaminhamentos para a Secretaria de Saúde”, disse Pryscila. “Estamos promovendo um trabalho em rede para minimizar o sofrimento dessas pessoas em vulnerabilidade social”.
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