Startup do IFF Campos produz máscaras de proteção em impressoras 3D contra o novo coronavírus
Instituições de ensino, mesmo com atividade suspensas, são pólos de conhecimento e inovação fundamentais para o enfrentamento da pandemia
Por Leonardo Maia
Campos - A pandemia do novo coronavírus parou quase tudo no mundo. Apenas os serviços essenciais funcionam, e com restrições. Escolas e instituições de ensino também foram fechadas, mas isso não significa que estejam inativas. Bem ao contrário, de muitas delas têm partido diversas iniciativas fundamentais para o enfrentamento da crise global. O IFF Campos dá sua contribuição com a produção de máscaras de proteção para profissionais da saúde. O material é feito com impressoras 3D.
A ideia surgiu dos ex-alunos do IFF Vinícius Parente e Thiago Pessanha, fundadores da startup Sprint 3D. Foi montado um parque de produção no campus Centro da instituição, e o primeiro lote já foi doado à prefeitura. O prefeito de Campos, Rafael Diniz, visitou o local na tarde de ontem.
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“No momento, podemos produzir até 64 máscaras por dia, e o nosso objetivo é ajudar as unidades hospitalares, pois sabemos da falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na área da saúde por causa da pandemia da covid-19”, disse Henrique da Hora, diretor de Internacionalização e Inovação do IFF.
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A iniciativa tem apoio de empresas privadas, que doam todo o material e equipamentos necessários à produção das peças, que já estão em uso por médicos e enfermeiros das UTIs do Hospital Geral de Guarus e do Hospital Ferreira Machado. Outra parte foi destinada ao Centro de Controle e Combate ao Coronavírus de Campos, a ser aberto.
"É no momento de adversidade que todos nós temos que nos unir em prol do coletivo", destacou Jefferson Manhães. "O IFF está aberto para realizar parcerias em benefício da população. Aqui na linha de produção temos alunos, ex-alunos e professores".
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A tecnologia e a inovação não estão apenas na própria produção das máscaras em impressoras tridimensionais. Era preciso encontrar um projeto e um material que permitissem a confecção de cada unidade no menor tempo possível.
“O primeiro modelo recebido tinha o tempo de produção de 3h, agora o tempo foi reduzido para 40 minutos”, contou Parente.
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"A Academia, com seu conhecimento em ciência e tecnologia, tem muito a contribuir com o setor público, para o bem-estar da nossa população e desenvolvimento da região", elogiou Diniz. "O resultado está aí, uma startup formada por jovens, dentro de uma instituição de ensino, produzindo EPIs para os nossos profissionais de saúde neste momento tão delicado para a cidade e o mundo todo".