Trabalhadores embarcados da Petrobras passam por medição de temperatura em barreira sanitária montada pela prefeitura de Campos no heliporto do Farol - Divulgação prefeitura de Campos
Trabalhadores embarcados da Petrobras passam por medição de temperatura em barreira sanitária montada pela prefeitura de Campos no heliporto do FarolDivulgação prefeitura de Campos
Por O Dia
Campos — Dois ônibus que transportavam 90 trabalhadores rurais, vindos de Minas Gerais, foram impedidos de entrar na cidade de Campos nesta quinta. O bloqueio foi feito por uma das barreiras sanitárias montadas pelas autoridades campistas para controlar o fluxo de pessoas pela região metropolitana do município e conter o avanço da pandemia do coronavírus, e atende a recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que acompanhavam havia algum tempo o deslocamento dessas pessoas.
O grupo sai da cidade de Jenipapo de Minas, na tarde de quarta, e ia para São Francisco de Itabapoana, onde ficariam hospedados, mas o destino final era uma usina de cana de açúcar localizada na RJ-224, dentro dos limites municipais de Campos. A abordagem foi feita na BR356 (Campos-Itaperuna), próximo à usina de Furnas.
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Agentes da prefeitura e da Polícia Rodoviária pararam o ônibus na rodovia Campos-Itaperuna - Divulgação prefeitura de Campos
“Esses trabalhadores vêm de fora do estado, passaram por várias cidades, com grande possibilidade de transmissão e contágio pela covid-19”, apontou Felipe Quintanilha, presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte de Campos (IMTT), que criticou que essas pessoas sejam expostas a tamanho risco. “Não há garantia de quarentena nem plano de contigenciamento para esses profissionais”.
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A ação foi coordenada entre as prefeituras de Campos e São Francisco de Itabapoana na noite de quarta, e realizada com apoio do MPE e MPT, e da Polícia Rodoviária Federal. Os 90 cortadores de cana tiveram de retornar para Minas Gerais.
“Passamos por uma pandemia, e as barreiras sanitárias fazem parte do esforço de proteção da população do município”, reforçou Quintanilha.
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Os bloqueios foram montados ainda em março, em diferentes pontos: na BR-101, no aeroporto Bartolomeu Lisandro, no Cepop — na saída para São João da Barra e que controla o fluxo para o Porto do Açu —, no posto do Sest/Senat, e no heliporto do Farol de São Thomé, de onde saem os helicópteros da Petrobras rumo às plataformas da Bacia de Campos. Cerca de 170 mil pessoas já foram abordadas desde o início da operação.