O médico destaca que mesmo com o início da vacinação contra a doença, as medidas de afastamento social irão continuar por muito tempo. - César Ferreira/Ascom
O médico destaca que mesmo com o início da vacinação contra a doença, as medidas de afastamento social irão continuar por muito tempo.César Ferreira/Ascom
Por Bertha Muniz


CAMPOS - As festas de fim de ano são momentos de confraternização entre familiares e amigos. Mas este ano, em função da pandemia da Covid-19, o ideal é evitar aglomerações. O pedido é do médico e futuro secretário de Saúde de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, Geraldo Venâncio. Segundo ele, é preciso que as pessoas entendam que, mesmo com o início do processo de vacinação que ainda não está previsto quando vai começar no país, as medidas de proteção devem ser relaxadas.

"A população tem que se convencer do perigo real que estamos vivendo. O vírus está cada vez mais próximo de cada um de nós, e este é o momento de as pessoas serem conscientes evitando aglomerações. O Natal mais importante da história foi realizado através de uma reunião simples, com Maria e José, poucos pastores e animais e o menino Jesus Cristo. As pessoas precisam entender que estamos vivendo um momento extremamente perigoso, que podemos chegar ao ponto daqueles que têm plano de saúde entrar na fila de espera para tratamento contra a Covid-19. Vamos fazer um Natal e a passagem do Ano diferentes, com chamadas de vídeo, comemorações a distância. Caso contrário, teremos um mês de janeiro de 2021 bastante trágico", ponderou Geraldo Venâncio.

O médico destaca que mesmo com o início da vacinação contra a doença, as medidas de afastamento social irão continuar por muito tempo. "Não acredito que antes de novembro de 2021 esse processo de vacinação seja concluído. As vacinas não serão suficientes para toda a população mundial. De todas as vacinas aprovadas em laboratórios, temos um total de 2,5 bilhões de doses, enquanto o total da população mundial e de mais de 7 bilhões de pessoas. Por isso volto a dizer que se as medidas de afastamento não forem cumpridas, teremos janeiro bastante complicado em termos de número de casos confirmados e intensa ocupação dos leitos hospitalares", disse.

Segundo Geraldo Venâncio, neste momento há dois fatores a serem atingidos. "O primeiro é a prevenção, aumentando testagem de um número bem maior de pessoas. O segundo é melhorar a assistência na rede própria, aumentando leitos para tratamento de pacientes com Covid-19”, completou.