Marinha encontra material similar ao que está na lancha desaparecida com cinco amigos.  - Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
Marinha encontra material similar ao que está na lancha desaparecida com cinco amigos. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
Por Bertha Muniz

CAMPOS - Um material semelhante ao que se estava a bordo da embarcação “O Maestro” foi encontrado pela Marinha do Brasil, a cerca de 43 km a leste da ponta de Cabo Frio, na Região dos Lagos. As buscas pela embarcação atingiram o quinto dia consecutivo nesta quinta-feira (4), e permanecem desaparecidos o empresário Ricardo Kirst, o mecânico José Cláudio Vieira, o empresário Domingos Ribeiro, o pescador Wilson Martins e o comandante Gilson Ambrósio.

A lancha saiu do Rio de Janeiro rumo a Fortaleza com os cinco amigos. Desde o dia 30 eles estão desaparecidos. Em nota, a Marinha do Brasil divulgou, nesta quarta-feira (3), que o Navio Patrulha Macaé encontrou "um freezer horizontal de médio porte, com diversos alimentos em bom estado e dentro da validade, indicando serem recentes" e que " apresentava características semelhantes ao que se encontrava a bordo da embarcação" desaparecida na região em que a tripulação teria feito a última comunicação.

De acordo com a Marinha do Brasil, já foram percorridos mais de 44 mil km², na faixa litorânea entre Porto do Açu, São João da Barra e a Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, em 4 dias de buscas. Participam do trabalho, um navio-patrulha da Marinha, duas aeronaves (uma da Marinha e outra da Força Aérea Brasileira), além de embarcações e aeronaves civis.

As buscas estão concentradas litoral norte do Rio de Janeiro, nas proximidades do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes, local onde eles fizeram o pedido de socorro à Marinha. A área de buscas, informou a Marinha do Brasil, considera a direção e velocidade do vento, corrente marítima e condições do mar em geral.


O que se sabe sobre o desaparecimento de 5 amigos no mar entre RJ e CE


O grupo começou a viagem no dia 26, quando partiu do Iate Clube Guanabara. No mesmo dia, a embarcação apresentou problemas técnicos no motor e nas bombas, segundo a mulher de um dos navegantes, Vitória Magalhães. Então eles pararam na Urca, ainda no Rio de Janeiro, para fazer os reparos, e partiram do local dois dias depois, em 28 de janeiro. O grupo fez pedido de socorro à Marinha no sábado (30), às 23h23, nas proximidades do Farol de São Tomé, ainda no Rio de Janeiro.

A viagem do Rio até Fortaleza demoraria entre 15 e 20 dias. Levando em consideração que eles tentaram deixar o Rio no dia 26, o grupo chegaria a Fortaleza entre 10 e 15 de fevereiro. Se for considerar apenas o dia 28 (depois que eles consertaram a lancha), seria entre 12 e 17 de fevereiro.