Cidade ficou em 24º lugar no ranking do Anuário de Segurança Pública entre municípios com mais de 100 mil habitantes.Foto: Divulgação.
Publicado 20/07/2021 19:04 | Atualizado 20/07/2021 21:23
CAMPOS - O constante crescimento das facções criminosas e de milícias espalhadas pelo Rio de Janeiro na última década fez com que 24 das 30 cidades com mais de 100 mil habitantes no estado atingissem índices superiores à média do Brasil. A informação é do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Conforme os dados do estudo, Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, é a cidade com o menor número de mortes violentas intencionais (MVI) de todo o estado em 2020, com média de 25,4 mortos a cada 100 mil habitantes. No país, essa média é 23,6. A categoria abrange homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, sem considerar mortes por intervenção policial. No total, foram 130 óbitos por MVI no ano passado.

A frente do comando do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), em Campos, de julho de 2019 a abril de 2021, o tenente-coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa, é um dos responsáveis pelo destaque do avanço da segurança pública no município.
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“Conseguimos tirar Campos no ano passado do status de cidade mais violenta. Isso é fruto de um trabalho baseado na análise criminal, integração, dedicação dos policiais e principalmente a participação da sociedade, pois fortalecemos muito o Disque Denúncia e a Polícia de Proximidade. Sinto muito orgulho de participar deste momento”, destacou o atual comandante do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), responsável pela Avenida Brasil, Linha Vermelha, Linha Amarela, Transolímpica e Elevado Paulo de Frontin.

Ainda na Região Norte Fluminense, Macaé aparece em 3º lugar da lista, com 50,9 óbitos a cada 100 mil habitantes, somando um total de 133 mortes.

Confira a lista completa com as cidades do RJ:

1. Japeri - 64 mortos - taxa de 60,6/100 mil hab
2. Angra dos Reis - 108 mortos - taxa de 52,2/100 mil hab
3. Macaé - 133 mortos - taxa de 50,9/100 mil hab
4. Itaguaí - 67 mortos - taxa de 49,7/100 mil hab
5. Cabo Frio - 111 mortos - taxa de 48,2/100 mil hab
6. São Pedro da Aldeia - 50 mortos - taxa de 47,1/100 mil hab
7. Belford Roxo - 232 mortos - taxa de 45,2/100 mil hab
8. São Gonçalo - 489 mortos - taxa de 44,8/100 mil hab
9. Rio das Ostras - 69 mortos - taxa de 44,5/100 mil hab
10. Itaperuna - 43 mortos - taxa de 41,4/100 mil hab
11. Resende - 53 mortos - taxa de 40,1/100 mil hab
12. Queimados - 60 mortos - taxa de 39,6/100 mil hab
13. Magé - 95 mortos - taxa de 38,6
14. Maricá - 60 mortos - taxa de 36,5
15. Araruama - 48 mortos - taxa de 35,7/100 mil hab
16. Mesquita - 63 mortos - taxa de 35,7/100 mil hab
17. Barra do Piraí - 34 mortos - taxa de 33,7/100 mil hab
18. Duque de Caxias - 312 mortos - taxa de 33,7/100 mil hab
19. Nova Iguaçu - 271 mortos - taxa de 32,9/100 mil hab
20. São João de Meriti - 153 mortos - taxa de 32,4/100 mil hab
21. Volta Redonda - 85 mortos - taxa de 31,0/100 mil hab
22. Barra Mansa - 52 mortos - taxa de 28,1/100 mil hab
23. Itaboraí - 66 mortos - taxa de 27,2/100 mil hab
24. Campos dos Goytacazes - 130 mortos - taxa de 25,4/100 mil hab

Mortes por intervenção policial
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Em 2020 o país atingiu o maior número de mortes em decorrência de intervenções policiais (MDIP) desde que o indicador passou a ser monitorado pelo FBSP. Com 6.416 vítimas fatais de intervenções de policiais civis e militares da ativa, em serviço ou fora, as polícias estaduais produziram, em média, 17,6 mortes por dia.

As mortes decorrentes de intervenção policial registradas ocorreram, majoritariamente, em serviço e com participação de policiais militares. Estes foram os autores de 72,7% das mortes, enquanto policiais civis foram responsáveis por 2,8% dos casos
em 2020 - em 24,5% dos casos a informação sobre a autoria não estava disponível. 71,8% dos casos de morte decorrente de intervenção policial ocorreram em serviço e apenas 3,7% se deram fora de serviço - para 24,5% dos casos esta informação não estava disponível.

A taxa de mortalidade por intervenções policiais variou bastante no Brasil em 2020,
sendo a taxa média nacional de 3,0 por grupo de 100 mil habitantes. O Estado do Rio de Janeiro figura em 5º lugar no ranking de taxa de mortalidade por intervenções policiais, com taxa de 7,2.
Em todo o país, 50 cidades concentram 55% das mortes decorrentes de intervenções policiais, sendo que 15 delas estão no Rio: Japeri (24,6), Itaguaí (24,5), Angra dos Reis (19,3), São Gonçalo (18,2), Queimados (17,2), Mesquita (16,4), Belford Roxo (13,8), São João de Miriti (12,3), Niterói (9,3), Cabo Frio (9,1), Duque de Caxias (9,0) Magé (7,3), Itaboraí (7,0), Nova Iguaçu (6,3) e Rio de Janeiro (6,2).
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