Durante a operação dessa terça-feira, várias cercas que prejudicavam o acesso à lagoa foram retiradas pelos agentes Foto Rodrigo Silveira/Secom/Divulgação

Campos – O governo de Campos do Goytacazes (RJ) monta estratégia em busca de equilibrar preservação ambiental, turismo e a organização dos proprietários, através de um Plano de Manejo que irá estabelecer as diretrizes para o uso da Área de Proteção Ambiental (APA).
Um é Lagoa de Cima, dos pontos turísticos mais frequentados do município. A área é também bastante agredida em situações que levaram as secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade, de Defesa Civil e o Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal se mobilizar, em ação conjunta iniciada nessa terça-feira (9).
Várias cercas instaladas de forma irregular e que prejudicavam o acesso das pessoas ao leito d’água foram retiradas. “O objetivo é a retirada de cercas irregulares, principalmente cercas de arame farpado que limitam o acesso à lagoa”, ratifica o secretário de Meio Ambiente, Jorge Rangel.
O secretário resume que a proposta é desobstruir o acesso à lagoa; “Estamos com as equipes trabalhando normalmente. A população está recebendo bem a ação”. Essa é uma ação também faz educativa, porque a gente está retirando e conversando com as pessoas”. Ele confirma o planejamento do Plano de Manejo.
FAZER O MELHOR - Segundo o subsecretário de Defesa Civil, major Edison Pessanha, a operação em conjunto irá continuar nas próximas semanas: “Em Lagoa de Cima, o que a gente quer é fazer o melhor para a população em geral, tanto para os moradores da localidade quanto para quem usufrui do espaço principalmente no período de verão”.
Nessa primeira etapa Pessanha assinala que estão sendo retiradas as cercas que foram feitas de forma irregular. Lagoa de Cima está a 28 quilômetros do centro de Campos; possui cerca de 15 quilômetros quarados (km²) de espelho d’água e integra uma bacia hidrográfica de mais de 1.270 km², sendo um dos patrimônios naturais mais importantes do Norte Fluminense.
“A área foi transformada em APA em 1992 e é considerada fundamental para a preservação ambiental e o fortalecimento do turismo sustentável e da economia local”, pontua o subsecretário lembrando que, em julho deste ano, aconteceram ações de fiscalização para coibir construções irregulares no local, sendo expedidas mais de 40 notificações extrajudiciais.