Rio - A revolução provocada pela internet e pelas tecnologias digitais em diversos mercados nos últimos 25 anos, acentuadamente nos últimos dez anos, com a aceleração dos smartphones, definiu modelos de negócios, extinguiu empresas e segmentos inteiros, e criou novos produtos e serviços, em que a eficiência e a inovação dão as cartas. Exemplos corriqueiramente usados por quem analisa tais temas são os aplicativos de transporte e de hospedagem.
No setor de energia também há uma revolução em curso. Novas formas de relacionar-se com a energia surgiram no rastro de mudanças políticas, sociais e ambientais. Essas mudanças já começam a se aproximar dos consumidores do setor. Empresas de energia têm dedicado mais recursos humanos, tempo e dinheiro para acompanhar a evolução.
Algumas dessas transformações já são realidade: em várias cidades, distribuidoras investem no conceito de redes inteligentes, em que equipamentos permitem uma operação mais eficiente. Já não é tão estranho para muitos a figura do medidor de energia eletrônico, que permite o envio quase que imediato de faturas logo após a leitura, com muito mais precisão. Da mesma forma, abre espaço para o consumidor aderir à tarifa branca e economizar energia ao utilizá-la nos horários mais baratos, além de permitir a gestão do consumo, em que o cliente acompanha pelo aplicativo.
Outras tecnologias estão em curso: a instalação de painéis solares nas residências; os carros elétricos, que podem ser recarregados na tomada de casa; sistemas de baterias, para armazenar energia e usar quando for mais conveniente para o consumidor; novas e baratas fontes de energia, como solar e eólica, que fazem as empresas estudarem a melhor forma de aproveitá-las, reduzindo custos e beneficiando os consumidores.
O Brasil é um país com cerca de 205 milhões de habitantes divididos em 78 milhões de unidades consumidoras (residências, comércios, indústrias). Temos energia limpa e em grande quantidade. A evolução tecnológica é irreversível e estar preparado para elas significa melhorar o uso e a relação com a energia nossa de cada dia.
Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan
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