Publicado 01/11/2020 06:00
“Esses moços, pobres moços, ah, se soubessem o que eu sei...!” escreveu o poeta gaúcho Lupíscinio Rodrigues, na canção que a voz de Jamelão reverberou.
Não é que os mais velhos saibam necessariamente mais, porém uma vida bem aproveitada permite a eles vê-la sob a perspectiva de experiências variadas, podendo assim tirar algumas conclusões e transmiti-las em forma de versos e canções. São filósofos populares, pequenos ‘Platões’ de plantão, compartilhando vivências, erros e acertos da caminhada que nunca cessa.
Quando jovens, não temos muitas escolhas. Dependemos de quase tudo, por falta ainda da autonomia.
E hoje, como estão os chamados ‘jovens’ - se pudermos por alguns momentos generalizar a expressão?
Como estão dando conta das intermináveis obrigações escolares 'online’? Como vêm suportando as implacáveis cobranças para a competição, que começam cada vez mais precocemente?
E hoje, como estão os chamados ‘jovens’ - se pudermos por alguns momentos generalizar a expressão?
Como estão dando conta das intermináveis obrigações escolares 'online’? Como vêm suportando as implacáveis cobranças para a competição, que começam cada vez mais precocemente?
O documentário “O dilema das redes” (Netflix) mostra como o livro “1984” de George Orwell foi profético. As teletelas nos vigiam o tempo todo e solicitam atenção permanente. E isso não diz respeito apenas aos jovens. Todos nós estamos imersos nessa rede manipuladora. Como esperar a autonomia?
Tente passar um dia sem o celular... Um dia é muito, é assustador: uma hora basta. Imaginemos então os mais jovens, sem emprego, sem horizontes, refestelados na indolência de seus devaneios, estimulados de mil maneiras por mensagens vis.
Não julguemos, não é fácil discernir, basta ver nosso exemplo. Não subestimemos a inteligência artificial. Que a nossa não o seja! Tentemos. Vamos!
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