Publicado 05/09/2021 06:00
Meninos e meninas têm afinidades naturais com os pais. A Psicologia explica que pode haver preferências por um ou por outro durante os primeiros anos de vida. Há inclusive “competições” do menino com o pai e da filha com a mãe, numa tentativa de chamar a atenção para si.
Porém, se esses sentimentos perdurarem além do tempo normal da infância, poderá acontecer uma defasagem no amadurecimento dos filhos. Ao chegarem à idade adulta poderão continuar a agir como crianças carentes, dependentes e egoístas, presas fáceis de aproveitadores.
Crescer não é fácil; só se sabe quando se tenta. Isso me lembra Peter Pan, que não queria se tornar adulto, com medo das dores do novo parto. Mas se não nos esforçarmos para que haja um desabrochar das próprias potencialidades, corremos o risco de envelhecer sem crescer, tornando-nos vítimas potenciais de novos aproveitadores e maus exemplos para os filhos que vierem, na contínua e cíclica renovação.
O que fazer quando isso ocorre conosco? Um bom (ou uma boa) terapeuta pode nos ajudar nesse, às vezes, doloroso processo de crescimento. Se mudar dói, não mudar provoca dores ainda maiores, já que a alma deixa de expressar-se com mais plenitude. E é disso que se trata: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.
Avançar é preciso. Cresçamos e apareçamos. Podemos. Vamos!
Fernando Mansur
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