Publicado 28/11/2021 06:00
Eis que a vida vem e nos prega uma peça: mostra o que estamos fazendo de errado, aquilo que não vale mais a pena continuar carregando, pois tornou-se um peso morto. Como tudo é dual na manifestação, e a natureza não dá saltos bruscos, os avisos vêm a conta gotas. Mas, se não os escutamos, pode desabar uma enxurrada.
Existem coisas que precisamos soltar e outras que devem ser trabalhadas de uma maneira inteligente. Os planetas indicam, mas não determinam. Refletem, não criam. A opção é sempre nossa. Nossas escolhas anteriores produziram o momento presente e sugerem o passo seguinte, que pode ser mais ou menos árduo.
Chega uma hora em que todos os controles são desativados. Ficamos à mercê de nós mesmos, num período que pode ser chamado de “a noite escura da alma”, em que aparentemente não nos ouvem. Em certos momentos pode ser necessário que alguém venha e nos diga poucas e boas na cara, tentando nos acordar para a realidade.
Somos seres mimados pelo egoísmo, queremos toda a atenção do mundo. O comportamento oposto seria a prática da generosidade, bodhicchita, como dizem os budistas e hindus em suas Paramitas. Paramitas são as virtudes que precisamos desenvolver para progredirmos como verdadeiros seres humanos.
“Quando achamos que sabemos todas as respostas, vem a vida e nos propõe novas perguntas.” Uma delas é esta: o que você tem feito de mim? O que você está fazendo com os dons que lhe dei para desenvolver?
Tentemos responder. Podemos. Vamos!
Tentemos responder. Podemos. Vamos!
Fernando Mansur
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