Publicado 08/05/2021 06:00
A semana que se encerra hoje foi demais em matéria de notícias ruins, desde o assassinato dos bebês numa creche em Santa Catarina até a morte prematura do ator Paulo Gustavo, sem falar nos desdobramentos macabros do caso Henry e as mortes por causa da pandemia. E com tantas notícias sobre mortes, recebi uma mensagem com a pergunta: o que acontece conosco no momento da morte?
Bem, todos nós, um dia, vamos morrer. E apesar dessa certeza, continua sendo dificílimo aceitarmos a dita cuja. Dizer adeus é muito difícil, mas é difícil para quem morre? Dói? Se sofre muito? Dá medo? Dá para sacar que a morte está chegando? Vamos pegar o exemplo do nosso Paulo Gustavo: ele só foi considerado clinicamente morto quando seu cérebro parou, por falta de oxigenação. Em cinco minutos, os danos cerebrais são severos e torna-se impossível a sobrevivência.
Existe uma abreviatura muito famosa para os que estudam esse momento da morte física: EQM (experiência de quase-morte). Quando a vida dos pacientes considerados clinicamente mortos é recuperada por meio de massagens cardíacas e estimuladores elétricos, por exemplo, esses pacientes têm um depoimento similar no mundo inteiro: lembram-se de quando pararam de respirar e em seguida, se ‘desprendiam’ do corpo vendo luzes no fim de um túnel, cercados de uma sensação de acolhimento carinhoso por algo (alguém) inexplicável.
Existe uma abreviatura muito famosa para os que estudam esse momento da morte física: EQM (experiência de quase-morte). Quando a vida dos pacientes considerados clinicamente mortos é recuperada por meio de massagens cardíacas e estimuladores elétricos, por exemplo, esses pacientes têm um depoimento similar no mundo inteiro: lembram-se de quando pararam de respirar e em seguida, se ‘desprendiam’ do corpo vendo luzes no fim de um túnel, cercados de uma sensação de acolhimento carinhoso por algo (alguém) inexplicável.
EQMs (experiências de quase-morte) não são reconhecidas por parte dos médicos por causa da ausência de uma explicação científica. E também se recusam a entrar no debate se as EQMs são de natureza física ou espiritual. Isso não altera, contudo, o medo de deixar esse mundo, até porque morrer pode causar muita dor e sofrimento para alguns, enquanto, para outros, nem notam que seu coração parou de bater.
O problema não é o momento da morte em si, e sim, na angustia da sensação de que podemos (ou vamos) morrer, seja durante um ataque cardíaco, seja logo após um acidente grave, enquanto o socorro não chega. É muito fácil dizer que é bobagem temer a morte porque ela vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, não temos como impedi-la.
É fato que para nós que acreditamos na comunicação espiritual, a morte não é o fim da vida, e sim, apenas o fim de uma experiência num corpo. Por isso, costumamos usar o termo ‘passagem’, isto é, ao morrermos fisicamente, passamos para outro plano, o espiritual, sem o corpo físico. A expressão desencarnação (ou desencarne) é usado no processo em que o espírito é desligado do corpo físico e retorna ao plano espiritual.
É fato que para nós que acreditamos na comunicação espiritual, a morte não é o fim da vida, e sim, apenas o fim de uma experiência num corpo. Por isso, costumamos usar o termo ‘passagem’, isto é, ao morrermos fisicamente, passamos para outro plano, o espiritual, sem o corpo físico. A expressão desencarnação (ou desencarne) é usado no processo em que o espírito é desligado do corpo físico e retorna ao plano espiritual.
Com o final da existência física, levamos conosco os nossos pensamentos e sentimentos, assim como o resultado do que fizemos por aqui, de bom ou de ruim. Isso apontará o quanto temos ainda para evoluir. Só que voltamos à espiritualidade exatamente os mesmos, isto é, com sentimentos fortes como a saudade. A saudade é uma via de mão dupla. Se nós, que ficamos por aqui, sentimos saudade dos que se foram, é óbvio que os que se foram também sentirão saudade dos que ficaram.
Aí reside a importância de lidarmos de forma equilibrada com a saudade, para que não haja desequilíbrio em uma das partes, seja nos que permaneceram encarnados ou os que fizeram sua passagem. É bem verdade que saudade é um sentimento sobre o qual não temos controle. O jeito é manter a mente ocupada, evitando pensamentos tristes, ajudando ao próximo, fazendo a nossa parte.
Uma coisa é certa: a dor que sentimos aqui quando alguém querido se vai, não chega aos pés da dor do espírito que se foi e que assiste nosso sofrimento, uma dor muito maior do que quando se sente que a morte se aproxima. Sei que é fácil falar, mas temos que ter em mente que as recordações fazem a nossa sensação de solidão muito mais profunda.
Se serve de consolo: quando nosso cérebro para, nada mais dói. Não há sofrimento. Nada. O espírito se desprende do corpo físico. A única dor é ver o sofrimento dos que ficaram.
Além da dúvida
Basta enviar sua pergunta para o Whatsapp (21)98555-3782 ou um e-mail para vidaalemdavida@atilanunes.com.br
Se serve de consolo: quando nosso cérebro para, nada mais dói. Não há sofrimento. Nada. O espírito se desprende do corpo físico. A única dor é ver o sofrimento dos que ficaram.
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