ATILA21NOVARTE O DIA
Publicado 20/11/2021 06:00
A gente já sabe que existe influência dos espíritos no mundo físico. Há, contudo, um tipo de intervenção especial, que é a dos anjos guardiães. Os espíritos nos orientam como interagir com esses protetores. Anjos guardiães nos ajudam no progresso espiritual. Hoje, vamos compreender o verdadeiro significado dos anjos da guarda.
Por partes: quando dizemos “o” espírito protetor, é porque existe uma individualidade especial que nos protege, lembra o Cosme Massi. Não falamos de “um” Espírito protetor, mas “o” Espírito protetor, um espírito de ordem elevada, o anjo guardião. Espírito protetor é sinônimo de anjo guardião, o anjo da guarda.
Não confundir espírito protetor, que é o anjo da guarda, com os espíritos benéficos da família e dos amigos que nos protegem depois de terem deixado nosso mundo físico.
Espíritos familiares nos protegem porque nos amam; não é uma missão que receberam, lembra Massi. Já o anjo da guarda cumpre uma missão designada por Deus e, por isso, os definimos como anjos pertencentes a uma ordem elevada.
Imaginemos uma escala espírita, na qual todos os espíritos podem ser colocados em um de três grupos. Vamos chamar esses grupos de ‘ordens’. Um espírito protetor pode abandonar seu protegido, por exemplo, quando este se mostra rebelde a conselhos? Infelizmente, sim. O espírito protetor abandona por um tempo seu protegido, quando este opta por seguir espíritos inferiores.
E aí, vem a dúvida: se o espírito abandona seu protegido, ele deixa de lhe fazer bem? Pode fazer-lhe mal? Os bons espíritos nunca fazem mal, apenas deixam a decisão para nosso livre arbítrio. No fundo, sofremos por culpa exclusivamente nossa.

Quando falamos de ordem elevada, referimo-nos uma escala espiritual, onde só ingressam espíritos que nunca fizeram o mal. Os bons espíritos nunca fazem o mal. O espírito protetor é sempre um bom espírito. Nessa escala, os espíritos guardiães são classificados em três ordens. A primeira ordem é a dos espíritos puros ou perfeitos; a segunda ordem é a dos espíritos bons; e a terceira ordem é a dos espíritos imperfeitos. É nessa ordem (de mais baixo nível) que a grande maioria dos espíritos que encarnam na Terra se encontra.
Basicamente, temos dois grandes grupos: os espíritos elevados (ou superiores) que são os espíritos bons e os puros e espíritos inferiores, os imperfeitos. E quais são as diferenças espíritos puros, espíritos bons e espíritos imperfeitos? Massi salienta que nos espíritos imperfeitos há predominância da matéria sobre o espírito, propensão para o mal, para a ignorância, para o orgulho, para o egoísmo e para a inveja. Esses são os espíritos imperfeitos.
Isso é que podemos chamar de predominância da matéria sobre o espírito, isto é, o espírito imperfeito ainda está impregnado pelas chamadas más paixões, a valorização da matéria sobre os valores espirituais. A matéria permite emoções ruins como ciúme, inveja, mágoa, raiva, tristeza e ódio. Essas emoções são paixões inferiores, típica das paixões ruins.
Já para os espíritos da segunda ordem, há predominância do espírito sobre a matéria, em que os valores espirituais são prioritários. O espírito da segunda ordem, o espírito bom, só cultiva as paixões boas, não sente as paixões ruins, já que ainda há predomínio da matéria sobre o espírito. Como diz o Massi, espíritos bons não sentem ciúme, não sentem inveja, não sentem orgulho, não sentem ódio, não têm emoções ruins.
Espíritos de ordem elevada (de segunda ou primeira ordem), não têm emoções ruins. Neste grupo estão os nossos anjos guardiães. Para cada um de nós é designado um espírito de ordem elevada que será o nosso protetor, que nos acompanhará ao longo do processo evolutivo. Enquanto não atingirmos a primeira ordem, teremos um protetor, um anjo guardião.
Resumindo: a predominância da matéria sobre o espírito significa a predominância das emoções ruins. O exemplo do Massi é exemplar: se alguém pisa de propósito no pé de outra pessoa (não sem querer), essa pessoa sente dor. Dor é uma sensação que provoca emoções como raiva.
Quem recebeu a pancada no pé sempre sente raiva? Um espírito bom não sente raiva apesar de sentir a mesma dor, porque ele não tem emoções ruins, negativas. Essa é a diferença entre espíritos bons e espíritos imperfeitos. Ele reprova a conduta, a ação. É possível dizer ao outro que ele errou, sem sentir raiva dele.
O espírito bom é alegre, tem paixões boas, sente amor. Seus sentimentos são puros e jamais são influenciados pelo que ocorre no mundo material. Nada lhes abate. O Cosme Massi destaca que se já temos dificuldade para entender os sentimentos ou emoções de um espírito bom, que dirá entender as emoções de um espírito puro...
Quando um espírito é criado, a ele será designado um anjo guardião, e este o acompanhará por muito tempo, muitas encarnações; é claro que esse anjo guardião pode ser trocado, porque o espírito bom precisa desempenhar outras missões para o seu progresso, distanciando-o do protegido. Assim, seria designado um outro espírito para ser o anjo protetor.

Todos nós, que temos algo a aprender, temos um anjo guardião. Mesmo os espíritos moralmente evoluídos e que são protetores, ainda contam com seus anjos guardiães, os espíritos puros, pois ainda precisam aprender. Esses espíritos, lembra Massi, nos aconselham e nos amparam 24 horas por dia, sete dias por semana.
Quando se diz que o anjo guardião está unido a nós não significa que ele esteja ao nosso lado o tempo todo. Anjos da guarda captam os nossos pensamentos, os nossos desejos, os nossos sentimentos de onde eles estiverem. Não é preciso que estejam ao lado do protegido. Podem estar cumprindo uma outra missão em outro lugar, mas de onde eles estiverem eles captam os nossos pensamentos e nos orientam.

Átila Nunes
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