Continuam frenéticas, como observou a coluna de ontem, as somas e subtrações na Câmara dos Deputados. As contas principais tentam prever o placar da votação em plenário do projeto de Reforma da Previdência. Mas há outros números em jogo: o governo de Jair Bolsonaro liberou R$ 920 milhões em emendas parlamentares direcionadas à área da saúde. Esses recursos atendem a interesses de deputados que deverão apoiar a mudança do sistema de aposentadorias. Traduzindo: é o antigo "toma lá dá cá", tão renegado na campanha presidencial, mas nesse momento funcionando a todo vapor em Brasília. A líder do governo, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), diz que esse expediente é protocolar. A oposição chama de golpe baixo.
Joice, aliás, está otimista. Ela e outros deputados favoráveis à reforma organizaram um bolão para tentar antecipar o placar da votação. A deputada casou R$ 100. "Nossa ideia é entregar 340 votos ou mais. Nas minhas contas dá um pouquinho mais", estima ela. Pelo cronograma de Joice, não vai ser preciso arrastar a discussão do tema até sábado, possibilidade levantada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Acha que tudo se encerra até sexta.
Maia, por sua vez, faz suas contas a partir do quórum mínimo para começar a sessão, que é de 490 deputados. Ele participou de uma reunião com líderes de partidos e sugeriu aos oposicionistas a substituição das tentativas de obstrução por uma sessão de debate, em que cada deputado iria à tribuna para mostrar sua posição. Repete sua convicção de que há votos suficientes para aprovar o texto de Samuel Moreira.
Para a oposição, essa certeza não passa de um blefe. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) estima que os governistas continuam no patamar dos 260 votos. Ela diz que a ideia dos oposicionistas é apresentar nove destaques na sessão de hoje. "Um destaque de emenda nós vamos apresentar, que é dos rurais, vamos tentar repor a reoneração que eles tiraram na comissão. E oito supressivos, que vamos definir daqui a pouco e vai depender do clima aqui dentro". (Veja aqui as diferente estimativas)
Como num jogo de baralho, está chegando a hora de cada um dos jogadores mostrar o que tem. Conheceremos o resultado em pouco tempo.
Joice, aliás, está otimista. Ela e outros deputados favoráveis à reforma organizaram um bolão para tentar antecipar o placar da votação. A deputada casou R$ 100. "Nossa ideia é entregar 340 votos ou mais. Nas minhas contas dá um pouquinho mais", estima ela. Pelo cronograma de Joice, não vai ser preciso arrastar a discussão do tema até sábado, possibilidade levantada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Acha que tudo se encerra até sexta.
Maia, por sua vez, faz suas contas a partir do quórum mínimo para começar a sessão, que é de 490 deputados. Ele participou de uma reunião com líderes de partidos e sugeriu aos oposicionistas a substituição das tentativas de obstrução por uma sessão de debate, em que cada deputado iria à tribuna para mostrar sua posição. Repete sua convicção de que há votos suficientes para aprovar o texto de Samuel Moreira.
Para a oposição, essa certeza não passa de um blefe. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) estima que os governistas continuam no patamar dos 260 votos. Ela diz que a ideia dos oposicionistas é apresentar nove destaques na sessão de hoje. "Um destaque de emenda nós vamos apresentar, que é dos rurais, vamos tentar repor a reoneração que eles tiraram na comissão. E oito supressivos, que vamos definir daqui a pouco e vai depender do clima aqui dentro". (Veja aqui as diferente estimativas)
Como num jogo de baralho, está chegando a hora de cada um dos jogadores mostrar o que tem. Conheceremos o resultado em pouco tempo.
