Ponte Rio-NiteróiDivulgação / COR
Por Thiago Gomide
Publicado 15/02/2020 21:15 | Atualizado 17/02/2020 18:55
Em março de 1974, o então presidente militar Emílio Garrastazu Médici conseguiu finalmente inaugurar a ponte Rio-Niterói. Desfilou de carro, cortou fita e tudo que acompanha uma solenidade de estreia.
O feito de atravessar a baía de Guanabara, sem ser de barco, era sonhado desde o Império: Dom Pedro II, em 1875, chegou a contratar um engenheiro. A ideia era fazer um imenso túnel. Como sabemos, tiro na água.
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A obra da ponte Rio-Niterói demorou 5 anos para ficar pronta, três a mais que a promessa. O Ministro dos Transportes, responsável e principal patrocinador da iniciativa, era Mário Andreazza.
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O valor da obra acompanhou as proporções faraônicas: quase quatro vezes maior do que o planejado inicialmente.
Em 9 quilômetros foi preciso a perfuração do subsolo oceânico em busca de terreno rochoso. O maior pilar tem 72 metros de altura, o que significa duas estátuas do Cristo Redentor.
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Praxe de época e ainda em diversos cantos do nosso país, infelizmente, operários não tinham equipamentos e vestes apropriadas para o trabalho.
Resultado: há relatos de que mais de 40 funcionários morreram na construção. Muitos foram enterrados nas estruturas.
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Diariamente passam pelos 13 quilômetros da ponte cerca de 150 mil veículos.
Nas horas de rush, é comum ficar parado por 1 hora e meia.
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Nesses 45 anos, quase 46, um pouco de tudo já desfilou por ali: galera protestando, disputando corrida, animais enrolando o já confuso meio de campo e até pedido de casamento.
Pedido aceito, por sinal.
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Seu Jorge
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Como falar da ponte sem lembrar da música “São Gonça”, do Seu Jorge?
Olha a letra:
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“Morando em São Gonçalo você sabe como é
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a pé...”
Quem nunca?
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Resolvendo o problema do Seu Jorge?

Foi inaugurada hoje uma alça que sai da ponte, na altura do Caju, em direção à Linha Vermelha. O objetivo é desafogar o trânsito de quem sai de Niterói em direção à Avenida Brasil. A expectativa é que 15 mil veículos passem diariamente pelo novo trecho.
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Vamos ver.
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Homenagem
A coluna é dedicada ao Pedro Ribeiro, que está esbelto aos 91 anos e esteve na inauguração. 
Saúde!