Mãe e filha abraçadas: cena que merecemos ver com muito mais frequência - Pixabay License
Mãe e filha abraçadas: cena que merecemos ver com muito mais frequênciaPixabay License
Por Thiago Gomide
Qual foi seu último abraço? 
Aquele abraço sem medo, vivo, forte. Nada de tapinha tira pó. Tô falando de abraço mesmo. 
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Quando foi? Você lembra?
Talvez tenhamos até alguma dificuldade de nos recordarmos sobre nosso último abraço, mas depois que esse coronavírus se despedir o mundo dos afetos ganhará outra cor. 
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Não existirá o abraço perdido. O abraço forçado. O abraço protocolar. "Amanhã passo aí para te dar um abraço" será alterado para "tô indo aí te dar um abraço". 
Muitos, como eu, não estão podendo abraçar seus familiares mais idosos ou em grupos mais comprometedores.
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A porta que nos divide ainda em vida é uma chacoalhada para os instantes que perdemos, para os abraços que deixamos de dar.
Após a quarentena do H1N1, os mexicanos se abraçaram em praças públicas. Após a gripe espanhola, que matou milhares de pessoas no nosso país, a euforia foi tanta que há uma geração chamada de filhos da gripe.
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Em quem você gostaria de dar seu próximo abraço?
Não perca tempo: apesar de não poder ter o contato fisicamente, ligue, mande um zap. 
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O pior é deixarmos para amanhã aquele amor que sentimos agora. 
Depois do coronavírus, não devíamos nem mais nos permitir ao tempo perdido.  
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Fique em casa. O contágio é muito fácil. O momento é de respeito e solidariedade.