Casa na pedra do Arpoador existiu de 1922 a final da década de 1960 - Reprodução Internet
Casa na pedra do Arpoador existiu de 1922 a final da década de 1960Reprodução Internet
Por Thiago Gomide
Olha a sequência de fatos em 1922: o Rio comemorou o centenário da Independência, o América foi campeão carioca, Arthur Bernardes se tornou presidente da República, nasceu o ex-governador Leonel Brizola e a pedra do Arpoador teve uma casa.
O leitor pode estar me questionando se esse último acontecimento tem a relevância necessária para ocupar essa coluna. 
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Respondo: ué, quem hoje imaginaria que naquelas bandas uma casinha charmosa, que se expandia até praia do Diabo, fazia parte do cenário?
Sempre que conto essa prosa, alguém duvida. Pois então que fique registrado devidamente.  
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Voltando ao Arpoador de 1922. 
A real é quase ninguém frequentava o Arpoador. Só décadas depois se tornaria point dos surfistas.
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Aquela casa em estilo art-déco servia como auxílio aos navegantes e era também parte do extenso grupo de espaços ligados ao Departamento de Correios e Telégrafos.
As antenas ajudavam na comunicação.
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Alguns pescadores, amadores ou profissionais, aproveitavam parte do telhado para se protegerem de alguma intempérie. Vida simples.  
Na década de 1950, o abandono já mostrava fazer parte, infelizmente, daquele lugar. A tecnologia fez com que a parafernália se tornasse desnecessária.
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Em 1967, ela foi desativada. A demolição veio logo em seguida.
No final do ano passado, foi inaugurado, bem em frente a praia do Diabo, um monólito em homenagem... ao religioso Caminho de Santiago Compostela, na Espanha.
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