Publicado 28/10/2020 21:37 | Atualizado 28/10/2020 21:42
Pedágio gera inúmeras discussões.
E não é de hoje, evidente. Carioca está acostumado a debater esse tema.
Fomos pioneiros.
Vamos voltar para 1578, afinal vou apresentar agora o então, comparando aos dias atuais, governador do Rio de Janeiro: Antônio Salema.
O português Salema foi professor em Coimbra, cidade perto de Lisboa, e ficou marcado no Brasil como um homem violento, patrocinando o genocídio de índios, e também pelos avanços econômicos da região.
Ele, por exemplo, investiu bastante no desenvolvimento da produção de açúcar.
No lugar onde hoje se encontra a estátua do escritor José de Alencar, no Flamengo, pertinho do Largo do Machado, Salema construiu uma ponte, que logo recebeu popularmente seu nome.
O limpo rio carioca passava por baixo.
Era uma beleza.
Muitas pessoas, em especial aqueles que iam de um lado para outro vendendo objetos ou animais, precisavam atravessar a ponte.
Aí era a hora de pagar o pedágio. Em alguns réis o cidadão acabava morrendo.
O trânsito fluiu melhor na cidade por causa dessa construção, diga-se.
Havia alternativas para fugir da mordida do pedágio? Tinha, mas eram demoradas e, não raro, arriscadas.
A “ponte do Salema”, que depois ganharia o nome de “ponte do Catete”, funcionou por cerca de 3 séculos.
Saiu de cena na segunda metade do século XIX.
Desde 1897, o autor de clássicos da nossa literatura, como “O Guarani”, convive com o barulho dos carros e com os inseparáveis pombinhos.
Dia desses, sentados à beira da estátua, um rapaz penteava romanticamente as longas madeixas de uma senhorita.
Bonita cena, mas não parecia a releitura de Pery e Ceci.
Ou será que flechas tentaram impedir os dois?
Tomara que não.
Tomara que nunca não.
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Boi voador aumentou pedágio no Recife
Em 1664, para arrecadar mais com pedágio, o conde Maurício de Nassau, administrador dos domínios holandeses no Nordeste, fez um boi voar na então maior ponte da América.
Boi voador aumentou pedágio no Recife
Em 1664, para arrecadar mais com pedágio, o conde Maurício de Nassau, administrador dos domínios holandeses no Nordeste, fez um boi voar na então maior ponte da América.
A construção da ponte ficou mais cara do que o previsto. Para tentar recuperar parte da grana, Nassau resolveu cobrar um pedágio.
Como sacada publicitária, ele montou uma traquitana que dava a sensação de um boi estar voando.
A turma adorou.
Conto tudinho nesse vídeo aqui:
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Ficou sem grana e criou um pedágio
Na história biruta do Rio de Janeiro, um cidadão revoltado que estava sem grana resolveu criar um pedágio para chamar de seu.
Ficava na ida para Teresópolis.
Até ser contido, acabou levantando um dinheirinho.
Foi matéria e tudo do Jornal do Brasil.
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