Torcedores do Flamengo - Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia
Torcedores do FlamengoDaniel Castelo Branco / Agencia O Dia
Por Thiago Gomide
Milhões de pessoas torcem pelo Flamengo. E outras milhões torcem contra.
Flamengo não é time de passar em branco. De ficar desapercebido. 
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Em qualquer buraco do mundo tem um flamenguista. E a bandeira é como se fosse de um País. Os torcedores são verdadeiros embaixadores.   
Nesse 15 de novembro a nação comemora 125 anos.
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Vamos para 1895.
No hoje número 66 da praia do Flamengo havia um casarão.
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Nestor de Barros, jovem, atleta, da galera que amava remar, era um dos moradores.
Ele e os amigos, também apaixonados pelo esporte, resolveram comprar um barco velho e é assim que começa a história do clube de maior torcida do Brasil.
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O barco se chamava Pherusa. Logo na primeira volta, saindo da praia de Ramos rumo à praia do Flamengo, uma tempestade pegou a turma de surpresa. A embarcação virou. Há quem defenda que a salvação de todos foi milagre. O fato é que os remadores sobreviveram e consertaram a toda destruída Pherusa. Não adiantou muito: roubaram o barco.
Nada de tristeza. Como diz o samba, "sacudiram a poeira e deram a volta por cima". Os meninos cotizaram e compram um segundo barco. De leva, eles resolveram montar o Clube de Regatas do Flamengo. Dia 17 de novembro de 1895.
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Na reunião que oficializou o nascimento da agremiação ficou decidido que a data deveria ser 15 de novembro, para respeitar o dia da proclamação da recém nascida república.
O futebol só iria aparecer muito tempo depois da fundação.
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Alberto Borgerth tinha vida dupla: de manhã era remador do Flamengo e à tarde era jogador de futebol do Fluminense.
Em 1911, um desentendimento selaria o futuro do Borgerth, do Flamengo e, claro, do Fluminense.
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Capitão do tricolor, Borgerth brigou com a diretoria e liderou um movimento impressionante de debandada. Vários jogadores acompanharam o líder para organizar o futebol do Flamengo.
Por isso é comum dizer que o Fluminense é pai do Flamengo.
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A primeira camisa não foi rubro-negra: tinha as cores azul e ouro, em listras horizontais. O primeiro título carioca foi em 1914. O mascote do clube, o Urubu, só ganhou cores em 1969.
Quer saber como?
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Os torcedores rivais, em especial do Botafogo, chamavam os torcedores do Flamengo de urubus. Por causa também do preconceito racial. Em 1969, um torcedor do Flamengo resolveu levar a ave e botá-la para voar o Maracanã. Resultado: Flamengo venceu o Botafogo, coisa que não rolava há alguns jogos. Henfil, genial cartunista, botou esses traços.
Em 1981 o Flamengo conseguiu um feito para o futebol carioca: ganhar o mundial de clubes. Chocolate para cima do Liverpool.
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Em 2019 quase repetiu o feito.
Parabéns aos flamenguistas.
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No próximo Fla-Flu a gente dá o presente (tsc).
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Documentário Catarse
O jornalista Daniel Brunet dirigiu o documentário “Catarse”, sobre a epopeia da última Libertadores, em especial a final contra o River Plate, em Lima, capital do Peru.
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É finalista do Cinefoot.
Clique aqui para saber mais.


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Quer saber mais do Flamengo?
A coluna indica dois livros: “O vermelho e o negro”, do Ruy Castro, e “O mais querido em quadrinhos”, do mestre Ziraldo.
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