Publicado 15/11/2020 11:57 | Atualizado 15/11/2020 11:59
Zélio Fernandino de Moraes sentia dores que ninguém explicava. A família levava para médicos e nada.
Zélio tinha 17 anos quando uma rezadeira disse para ele sobre a importância de desenvolver a mediunidade.
Acabou parando na Federação Espírita do Estado do Rio, em Niterói. Ali, pensou, encontraria os caminhos.
Sentado à mesa, caboclos e pretos velhos, negros e índios, começaram a se manifestar. Os médiuns tentavam expulsar os espíritos chamando-os de menos evoluídos.
Havia o preconceito racial também.
Sem entender o que estava acontecendo, Zélio sentiu o “Caboclo das Sete Encruzilhadas” baixar.
E desceu mandando a real. Se não eram bem-vindos, eles fundariam uma espaço na casa do Zélio.
Desta maneira, em 15 de novembro de 1908, nascia a Umbanda.
Nos primeiros dizeres, pregavam logo a caridade, a escuta, a evolução espiritual e a não tolerância ao sacrifício de animais.
Como pode-se imaginar, Zélio foi atacado pelo preconceito. Batidas policiais rolavam sempre. Objetos da fé chegaram a ser apreendidos.
A casinha onde tudo começou, em São Gonçalo, baixada fluminense, foi demolida.
A Umbanda é patrimônio imaterial do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), desde 2016.
A coluna preza, desde sempre, pela boa convivência entre os credos.
Fica aqui a homenagem aos umbandistas.
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