Lamento, gerações Y e Z, mas o atual coordenador pedagógico do Colégio São Vicente de Paulo, no Cosme Velho, quebrou as expectativas com um sorriso largo, um belíssimo humor. André Luiz ( com “z”, por favor) Marques está no magistério há 41 anos. Em sala de aula, defendeu o sustento como professor de Matemática, em diversas escolas, entre elas as tradicionais Andrews e Pedro II.
Na segunda entrevista da série que debate desafios da Educação em 2021, o coordenador pedagógico do Colégio São Vicente de Paulo fala sobre o que ele e a instituição aprenderam nessa pandemia, qual o perfil de professor do século XXI, o combate às fake-news em sala de aula e a importância da capacitação dos docentes para o combate desse enorme problema.
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Coisas do Rio – O que vocês aprenderam nesse ano?
André Luiz Marques – Primeiro a gente aprendeu que nada é definitivo. A gente vivia em um mundo cada vez mais regido pelas incertezas, mas 2020 confirmou que as incertezas, de fato, existem e causam situações no nosso planejamento. Foi um ano que as fragilidades foram muito expostas, mas conseguimos mostrar a capacidade de reinventar-se, de criar e, inclusive, de aprender. Estamos apreendendo muito.
CdR – Qual é o perfil do professor de 2021?
ALM – Eu exerci o magistério por 41 anos e pertenci a uma época em que a central do ensino era o professor. Agora, a gente dá condições ao docente se ver no papel de quem já tem uma quantidade imensa de informação disponível. Então esse professor atualmente passa a existir mais na função de curador, de orientador de estudo, de pesquisa, daquele que promove ou traz condições para que o aluno transforme as informações.
Como podemos enfrentar as fake-news em sala de aula e qual é a importância de capacitarmos nossos professores para melhorar ainda mais esse combate? A resposta dessas duas perguntas, você escuta apertando o play aqui embaixo.