Publicado 18/01/2021 09:24
Só nessa semana escutei vinte vezes que nada vai dar certo.
Mesmo que tentasse argumentar, nada valia. “Isso tudo vai acabar”, me disse um mais avançado no pessimismo estrutural.
Gosto de comentar sobre a vida e obra de Belchior nessas horas. Quem me conhece, sabe que costumo abusar dessa biografia.
Os últimos anos do artista cearense traduz erroneamente um cidadão que foge dos holofotes e busca refúgio em outros países. Para quem não se aprofunda parece que na espuma as dores do cantor era uma sequência de dívidas e um sentimento recluso da sociedade brasileira. Vale dar uma relida.
Belchior é um dos maiores gênios da história da música brasileira. Ídolo nas décadas de 1960, 1970 e 1980, foi perdendo força nas (confusas) paradas. Nem por isso perdia qualidade e eficiência na comunicação. Belchior foi rico do começo ao fim. Até quando tentava se afastar, avisava.
Entre tantos sucessos, “Alucinação” diz que “amar e mudar as coisas me interessa mais”. Nessa pegada que continuo nessa coluna. Nessa defesa que levanto minha placa em plena Rio Branco acreditando que ou somos vetores do novo ou seremos homens de carimbos. Ou seremos mais um. Ou seremos sorrisos amarelos. “Blackbird singing in the dead of night”, diria Paul Mc Cartney.
Na grande última entrevista, Belchior disse ao enorme Geneton Moraes Neto ( saudade, Genésio!) sobre esse momento de reclusão. Pendia o sentimento de não ser reconhecido. Absolutamente entendível em um país que ignora. Ignora. Ignora o que não está sendo servido como papinha para criança. Acorda! “You were only waiting for this moment to arise”, continuaria Paul Mc Cartney em “Black Bird”.
Papo direto. Pega a visão, meu irmão, minha irmã. Não rola distanciarmos gerações para mudarmos as coisas. Não rola. Tudo precisa ser misturado para avançarmos, caso contrário fica-se bambo, frágil, nafitalinas ambulantes ou jovenzinhos iludidos. Mistura. Belchior morreu sendo tratado ( por alguns) como um perdidão maluco. Peraí. Pera. Peraí.
Mesmo que tentasse argumentar, nada valia. “Isso tudo vai acabar”, me disse um mais avançado no pessimismo estrutural.
Gosto de comentar sobre a vida e obra de Belchior nessas horas. Quem me conhece, sabe que costumo abusar dessa biografia.
Os últimos anos do artista cearense traduz erroneamente um cidadão que foge dos holofotes e busca refúgio em outros países. Para quem não se aprofunda parece que na espuma as dores do cantor era uma sequência de dívidas e um sentimento recluso da sociedade brasileira. Vale dar uma relida.
Belchior é um dos maiores gênios da história da música brasileira. Ídolo nas décadas de 1960, 1970 e 1980, foi perdendo força nas (confusas) paradas. Nem por isso perdia qualidade e eficiência na comunicação. Belchior foi rico do começo ao fim. Até quando tentava se afastar, avisava.
Entre tantos sucessos, “Alucinação” diz que “amar e mudar as coisas me interessa mais”. Nessa pegada que continuo nessa coluna. Nessa defesa que levanto minha placa em plena Rio Branco acreditando que ou somos vetores do novo ou seremos homens de carimbos. Ou seremos mais um. Ou seremos sorrisos amarelos. “Blackbird singing in the dead of night”, diria Paul Mc Cartney.
Na grande última entrevista, Belchior disse ao enorme Geneton Moraes Neto ( saudade, Genésio!) sobre esse momento de reclusão. Pendia o sentimento de não ser reconhecido. Absolutamente entendível em um país que ignora. Ignora. Ignora o que não está sendo servido como papinha para criança. Acorda! “You were only waiting for this moment to arise”, continuaria Paul Mc Cartney em “Black Bird”.
Papo direto. Pega a visão, meu irmão, minha irmã. Não rola distanciarmos gerações para mudarmos as coisas. Não rola. Tudo precisa ser misturado para avançarmos, caso contrário fica-se bambo, frágil, nafitalinas ambulantes ou jovenzinhos iludidos. Mistura. Belchior morreu sendo tratado ( por alguns) como um perdidão maluco. Peraí. Pera. Peraí.
Não vamos perder os Belchiores por aí. Não podemos. Não dá. Merecemos essa mistura. Não dá para saber de alguém à distância.
Amar e mudas as coisas me interessam mais.
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