Por Leandro Mazzini
Publicado 12/08/2018 03:00 | Atualizado 15/08/2018 17:39

Rio - O setor de fretamento de jatinhos está em polvorosa. Em tempos de economia estagnada e sem o tradicional financiamento de empresas para campanhas, os táxis-aéreos oferecem bons descontos aos presidenciáveis, em vão. O fretamento de jato em campanha é o custo mais caro após o item marqueteiro. Candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) optaram, há meses, por percorrer as capitais em voos comerciais – e assim devem fazer na campanha, raras exceções.

Bom senso

Em tempos de crise – de economia e credibilidade política – a atitude indica ‘pé no chão’, bom senso e humildade. E eles testam suas popularidades nos voos, mal ou bem.

Mas..

.. a tentação é grande. Há os empresários que emprestam ‘sem custos’ (por ora) seus jatos para um presidenciável voar País adentro. A conta vem depois.

De casa

O PT economizou em duas campanhas. Lula fez a de 2002 e 2006 a bordo do Citation X do vice José Alencar, que o acompanhou em vários trechos. É o jato mais veloz.

Bronca no quarteto

Candidato a senador pelo PSDB na chapa da sua ex-vice governadora Cida Borghetti (PP), candidata à reeleição, Beto Richa viu sua esposa Fernanda Richa pedir demissão do cargo de Secretária de Defesa Social do Governo no último dia 8. Ela desistiu, segundo bastidores, porque se irritou com a ingerência do deputado federal Ricardo Barros (PP), marido da governadora, na secretaria que comandava.

Beto RichaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Aos herdeiros

Barros nomeou um ex-vereador de Curitiba, filiado ao Solidariedade, na gestão da área do idoso e Apaes da Secretaria comandada pela mulher de Richa. Foi a gota d’água. O afago da indicação rendeu o apoio do Solidariedade à filha de Barros, Maria Victória, candidata a deputada estadual. Fernanda Richa vai coordenar a campanha do marido, ao Senado, e de um filho deles a deputado.

Não acabou

Nos bastidores da política no Rio de Janeiro não se fala de outra coisa: as delações em curso na Lava Jato podem alcançar o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) no meio da campanha para governador.

Momento

Candidato a deputado federal, Aécio Neves (PSDB) submergiu em Minas Gerais. Não deu a cara ainda na pré-campanha. Embora nas pesquisas apareça bem para senador.

Dilma e..

Governador Pimentel (PT) guarda a segunda vaga de senador para o Marcio de Lacerda (PSB), o ex-prefeito de BH limado na disputa para o Governo pelo próprio partido.

Fundo do tanque

Travou há anos no Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro a ação que os donos da Usina Canabrava movem contra Rodrigo Luppi, o executivo que não é encontrado pelo oficial de Justiça há meses. Ele era diretor da usina quando houve operação que flagrou adulteração de combustíveis em 2016.

Porta a porta

Clima quente no comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Há diretores de olho na eventual vaga aberta do diretor-geral, Mário Rodrigues, denunciado pelo MP Federal no caso do Rodoanel em São Paulo. Marcelo Vinaud é um deles. Não só ele. Começou a temporada de ligações de diretores para padrinhos políticos pela indicação.

Tragédia pouca

As mortes da vereadora Marielle e do motorista Anderson completaram ontem 150 dias sem solução. Para piorar o clima, virou novelão político entre adversários na Assembleia do Rio. O deputado Marcelo Freixo insinuou que os deputados presos Jorge Picciani, Albertassi e Paulo Mello teriam ligação com o crime.

Réplica

Sem provas, foi bola quicando para o pé de Picciani, que soltou nota extensa e forte contra o psolista: “Marcelo Freixo é um irresponsável, sem nenhum limite ético na sua ambição política. Na sua ânsia incontrolada de se promover sobre uma tragédia que abalou o País, age de maneira abusiva”. Vai render processo.

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