Por O Dia

Brasília -  No Projeto de Lei Anticrime apresentado ao Congresso, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, busca fortalecer o Ministério Público e incentivar os métodos da operação Lava Jato, como a delação premiada e as forças-tarefas. Mas virou alvo em diferentes frentes - duas delas de aliados locais no Rio e em São Paulo.

A presidente do Sindicato dos Delegados Federais de SP, Tânia Prado, alerta à Coluna que Moro "pensou na fase pós-inquérito e esqueceu da fase da investigação", embora veja avanços necessários, e que demandam "amadurecimento e discussão".

No Rio, nota da Defensoria Pública indica preocupação: "Diversas medidas violam os princípios constitucionais da presunção de inocência, da individualização da pena e do devido processo legal". Já a Ajufe, dos juízes federais, saiu em defesa de Moro. "O projeto é bastante positivo para a sociedade e contempla diversos pontos defendidos há alguns anos pela Ajufe", diz o presidente da entidade, juiz Fernando Mendes.

Se cuidem

Governadores estão desconfiados, vão consultar bases, mas eles, congressistas e outras entidades veem o momento certo para endurecer a pena contra a bandidagem.

Grito da cela

O projeto, porém, não sugere medidas para conter a superlotação no sistema carcerário, hoje com 840 mil detentos. Isso foi ponto criticado por advogados.

A conferir

Um dos mais conhecidos criminalistas do país, Kakay soltou nota para amigos: "(o PL) é castrador de uma série de direitos consolidados". Diz que os mais pobres vão sofrer.

E a PF?

A delegada Tânia Prado lembra o déficit operacional da Polícia Federal hoje está em "25% do efetivo". Detalhe: O ministro tem vários delegados federais no gabinete.

Hora...

Após derrotar a tropa de Renan Calheiros (MDB -AL), o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), passou a ser cobrado pelos senadores que o apoiaram. O democrata tem dito aos aliados que não os deixarão na mão e, nos bastidores, articula para emplacá-los em cargos da Mesa Diretora e comandos de comissões permanentes e temporárias.

...da fatura

Alcolumbre tem dado atenção especial aos emedebistas - da ala anti-Renan - e aos senadores de primeiro mandato.

Prato do dia

O secretário de Educação do Governo do Rio, Pedro Fernandes, que tem visitado escolas logo ao amanhecer, mudou seu horário de inspeções para a hora do almoço. Quer comprovar se é bom mesmo o cardápio de primeira nas unidades. Tem de strogonoff a quibebe (prato de origem africana), passando pela carne assada e até pirão. O cardápio fica online no site da Secretaria.

Menos um

O miúdo Podemos vai perder um senador. Elmano Ferrer (PI) articula sua filiação ao MDB.

Emplacados

O ex-senador Ciro Nogueira perdeu a eleição, mas não o poder no setor que controla há anos. Vai emplacar o comando do Denatran, que cuida do milionário processo das placas do Mercosul.

Meninas Mulheres

Números da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos revelam que 1.421 meninas estão grávidas no Estado do Rio de Janeiro - a maioria na capital. Em seguida, vem Campos, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Muitas garotas são menores de 12 anos.

Colo oficial

A secretária Fabiana Bentes pediu um levantamento mais detalhado. Entre as ações a serem desenvolvidas pelas SEDSDH estão atendimentos com psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.

Sobrou para o posto

Segundo fontes da Secretaria de Fazenda Fluminense, caso fique constatada fraude  fiscal da usina de Campos (RJ), suspeita de forjar origem do etanol para se beneficiar do regime fiscal concedido por Sérgio Cabral. Postos que compraram da distribudora do grupo poderão arcar com o imposto devido.

Esplanadeira

Claudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis, produziu documentário sobre seu avô, o engenheiro Richard, que construiu o bairro do Grajaú.

O escritório Andrade Silva Advogados (BH, Rio e DF) recebe inscrições para evento que abordará os desafios enfrentados pelas empresas familiares no processo de transição para o modelo societário ideal. O encontro acontece dia 12.

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