Brasília - O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, está sendo alertado por colegas pela ingenuidade por ser usado pela indústria do cigarro — com a maior fabricante, a Souza Cruz, na ponta — para defender a redução da tributação do produto. Moro criou grupo de trabalho para estudar se isso pode ajudar no combate ao contrabando. É justamente o discurso mercadológico dos fabricantes. Palacianos indicam que o caso deveria ser tratado pelo Ministério da Economia — e não Justiça, a quem cabe combater o contrabando, não o imposto. O episódio ocorre no momento em que o governo precisa arrecadar mais. E não beneficiar um setor que custa ao governo R$ 57 bilhões por ano em tratamento de doenças originárias do tabaco, conforme relatórios do Instituto Nacional de Câncer.
Pegou mal
Colegas estão dizendo ao ministro que pegou mal na Esplanada a criação de uma comissão, no âmbito da Justiça, para discutir o assunto. Isso é caso para Paulo Guedes. O Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, recomendou o fim do grupo. Considera que baixar imposto vai contribuir para aumentar o consumo.
Aliás...
Alguém aí já viu o ministro Moro com um cigarro na mão ou na boca?
Alerta enviado
Uma assessoria que defende os cigarreiros tenta desqualificar o trabalho da coluna e envia recados e equipes às redações.
Centrão no mando
O Palácio cogita indicar um integrante do Centrão (PP, PR, PRB, DEM, PSD, SD) para a liderança, a fim de consolidar uma base. O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), está com os dias contados. A insatisfação de ministros palacianos com o fraco desempenho do deputado de primeiro mandato chegou ao limite.
Há lista
Nomes de substitutos estão na mesa de ministros. Além das derrotas em comissões e no plenário, pesa contra Victor Hugo a falta de sintonia com a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
A namorada
Essa namorada do ex-presidente Lula da Silva revelada por Bresser Pereira, Rosângela Silva, a Janja, consta do quadro de funcionários da Usina Binacional de Itaipu desde janeiro de 2005, pesquisou a Coluna. Teria sido indicada pelo próprio Lula sob tutela de Jorge Samek, o ex-diretorgeral da estatal, que foi uma espécie de protetor dela.
... é conhecida
Agora, Janja, com a cara na vitrine nacional, será alvo da oposição — que já sabe de alguma ligação entre eles há mais de 10 anos. Em 2006, o requerimento de informações 3.596 do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-SP) pedia informações ao Ministro de Minas e Energia sobre contrato de trabalho da funcionária.
Calma, dona
A eventual saída da deputada estadual Janaína Paschoal (SP) do PSL, como indicou para aliados, incendiou o partido. Houve apoio e crítica. Do Rio, a deputada Alana Passos (PSL) tuitou: "Peço que ela não desestimule os bolsonaristas".
Garoto propaganda
Fernando Haddad retoma a Caravana Lula Livre. Na quinta, participará de atos do PT em Manaus. Na sexta, vai a Santarém (PA).
Poder nas telas
Ele iniciou as pesquisas em 2013. E em 2015, começou a falar com a família. Tem 41 horas de gravações com os três irmãos Marinho. O premiado jornalista Leonencio Nossa lança em Brasília o primeiro volume da biografia. 'Roberto Marinho, O Poder está no ar - Do nascimento ao Jornal Nacional' (Nova Fronteira) está nas livrarias. Noite de autógrafos quarta.
Pendurou chuteiras
A CBF perdeu um zagueiro de peso na Esplanada. O diretor de relações institucionais que a defendeu nas CPIs pendurou as chuteiras. Vandenbergue Machado, contratado por Ricardo Teixeira em 1998 e mantido por seus sucessores, fechou o escritório de Brasília.
Agora, na torcida
Vandenbergue acompanhou a seleção em cinco Copas do Mundo. Com quase 50 anos de Esplanada, trabalhou com alguns ícones da política, como José Sarney e Marco Maciel. A direção da CBF apelou para ficar, mas Vandenbergue já foi para o vestiário.
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