O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins - Divulgação / STJ
O corregedor nacional de Justiça, Humberto MartinsDivulgação / STJ
Por Walmor Parente (interino)
Brasília - Enquanto a coleta de assinaturas para a criação do Aliança para o Brasil se arrasta, o presidente Jair Bolsonaro voltou a conversar com caciques dos partidos Patriota e Republicanos. Apesar do apoio de empresários, militares e igrejas, além de ampla campanha nas redes sociais, o Aliança conseguiu até agora cerca de 110 mil assinaturas; precisa de 500 mil para o registro da legenda na Justiça Eleitoral. O presidente do Patriota, Adilson Barroso, teve audiência ontem com o presidente e parlamentares do Republicanos têm frequentado o Palácio do Planalto nos últimos dias.

Portas

O teor das conversas é o mesmo: os portas das legendas estão abertas para uma possível filiação, mesmo que temporária, do presidente Jair Bolsonaro e do grupo de deputados que deixaram o PSL.

Cartórios

O Conselho Nacional de Justiça negou pedido da oposição para interromper filiações ao Aliança pelo Brasil. O corregedor do CNJ, ministro Humberto Martins, rejeitou a alegação de que haveria “apoio ilegal” de cartórios no recolhimento de assinaturas.

Apagão

O atual apagão no INSS poderia ter sido evitado se os governos Dilma, Temer e de transição de Bolsonaro tivessem assumido o compromisso de recompor o quadro de funcionários do órgão. O Ministério do Planejamento não se mexeu nos últimos anos para suprir a defasagem.

Conselho

Além de ministros e auxiliares próximos, o presidente Jair Bolsonaro ouviu seu “conselho judaico” – formado por diplomatas e amigos empresários - antes de demitir Roberto Alvim. O ex-secretário especial de Cultura caiu após referência ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais.

Comunidade

Na nota em que confirmou a demissão de Alvim, Bolsonaro manifestou total e irrestrito apoio à comunidade judaica, “da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”.

Crime

O ex-secretário poderá ser enquadrado na Lei do Crime Racial (Lei 7716/89), cujo artigo 20 prevê pena de 2 a 5 anos para quem “distribuir ou veicular símbolos . . . para fins de divulgação do nazismo”.

Mal-estar

O PSB ainda não se recuperou do desgaste provocado pelas críticas da ministra do TCU, Ana Arraes, ao neto João Campos. O partido já não está tão seguro quanto ao lançamento do deputado federal à prefeitura do Recife. Fala-se no deputado Tadeu Alencar para substituí-lo.

Inundação

O Brasil aparece entre os 15 países do globo com a maior população exposta ao risco de inundação. A informação é de um relatório da ONU documentando catástrofes naturais das últimas duas décadas na América Latina e Caribe.

Corporativo

Líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou, na Secretaria Geral da Presidência, pedido de informações sobre os gastos com o cartão corporativo em 2019.