Flávio Migliaccio morre e não recebe indenização de causa ganha
Após 20 anos na Justiça, o ator tinha vencido a ação com o advogado Sylvio Guerra
Por O Dia
O corpo do ator Flávio Migliaccio ainda nem havia sido sepultado quando a família do ator recebeu uma desagradável notícia: os advogados da ACERP (Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto), com quem Flávio brigava judicialmente em um processo que está em curso há 20 anos, entraram com um pedido de suspensão da ação até que se apresente um sucessor do artista. A petição foi feita na 14ª Vara Cível da Capital, onde a processo que Flávio Migliaccio já havia ganhado está em andamento. A sentença determina que o valor da indenização seja apurado através de um perito.
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Flavio Migliaccio e o filho Marcelo
Reprodução Instagram
Flávio Migliaccio em 'Órfãos da Terra'
Globo/Divulgação
Flávio Migliaccio em 'Tapas e Beijos'
Globo/Divulgação
Flávio Migliaccio
Reprodução de internet
Flávio Migliaccio
Reprodução de internet
Flavio Migliaccio
Divulgação
Flavio Migliaccio
Divulgação
Como a causa já está ganha, Marcelo Migliaccio, filho do ator, entrará como sucessor do pai na ação, que inicialmente foi movida contra a extinta TVE, e depois veio a ser sucedida pela ACERP. "A ACERP deu uma de 'urubu na carniça', meramente para fins procrastinatórios, já que o processo está com o perito e não depende de nenhum ato das partes ou da juíza, não havendo qualquer necessidade de suspensão. Comportamento desrespeitoso, desleal, odioso e que tangencia a má-fé processual", afirma o advogado da família Migliaccio, Sylvio Guerra, ao ser procurado por esta coluna.
Flávio Migliaccio ganhou o direito de ser indenizado por conta da destruição das fitas de rolo que continham os mais de 400 capítulos da série 'Tio Maneco', interpretado por ele na TVE. Além da indenização garantida por contrato, que a empresa lutou por 20 anos para não pagar, Migliaccio ganhou na Justiça o direito de receber 50% da obra que foi perdida por causa do desgaste causado pelo tempo. Mas este valor será avaliado pelo perito André Luiz Souza Alvarez, que foi escolhido pela juíza Flavia Gonçalves Moraes Alves, da 14ª Vara.
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A ACERP também foi condenada a pagar outra indenização ao ator por danos morais, em virtude de todo o sofrimento que Flávio Migliaccio teve ao tentar resgatar as fitas e perceber que havia perdido toda sua obra. Ele tinha a intenção de veicular a série em outra emissora. Esta indenização também será calculada pelo perito designado.