Esta coluna de apenas seis leitores noticiou há um ano sobre um processo do empresário Jair Felicio contra o ex-jogador Emerson Sheik por conta do aluguel de uma casa no condomínio Aquarius House, em Angra dos Reis, no ano de 2018. Pois bem. Até agora a ação judicial está parada porque Márcio Passos, nome de batismo do ex-atacante de grandes clubes brasileiros, não foi encontrado para receber a notificação. Apesar de todos os endereços de Sheik constarem no processo, nenhum oficial de Justiça consegue achá-lo.

A ação foi distribuída em outubro de 2019 e, até agora, nada. "É inexplicável. Pior é que ele tem mais um endereço porque comprou uma casa no mesmo condomínio da nossa e mesmo assim ninguém o encontra na hora de distribuir a ação", admite Carol, filha do empresário do ramo de hotelaria.

Em fevereiro de 2018, Sheik alugou por R$ 8 mil uma mansão para curtir uma temporada de descanso e poder estacionar sua lancha. O contrato de locação foi assinado pelo proprietário e enviado ao ex-jogador para dar sua assinatura e devolver o documento. Ocorre que o contrato nunca voltou para as mãos de Jair Felício assinado por Sheik. O empresário não se importou com a falta da assinatura, já que, até então se tratava de uma pessoa de confiança de sua filha. Sendo assim, tudo acabou sendo acertado entre as partes em conversas por WhatsApp.

Além do aluguel, Sheik também ficou responsável pelos pagamentos do condomínio, taxas, impostos e dos encargos trabalhistas da funcionária que trabalhava na casa como arrumadeira. Mas, segundo o empresário, Sheik começou a atrasar e, depois de muitas confusões, deixou o imóvel em agosto de 2019 sem realizar vistoria e devolver as chaves. Jair Felicio entrou com processo na Justiça.

O valor cobrado pelo dono do imóvel é de pouco mais de R$ 93 mil, que corresponde a multas pelos atrasos, quatro meses de aluguéis não quitados (incluindo o período que o jogador já não estava no imóvel, mas não havia devolvido as chaves), além de IPTU dos dois últimos anos, impostos governamentais e encargos trabalhistas da funcionária, como férias vencidas e o salário do mês de junho de 2019. Caso Sheik não seja encontrado, o advogado do dono do imóvel irá pedi o arresto e bloqueio dos bens do atleta, bem como a citação por edital.

Através de sua assessoria de imprensa, Emerson Sheik comunica que nunca recebeu qualquer notificação do processo e que também não foi citado no mesmo.