Paula Géssica Eugenio
Paula Géssica EugenioReprodução
Por O Dia
A jornalista Paula Géssica Eugênio usou as redes sociais para fazer uma denúncia contra funcionários de um supermercado localizado no Largo do Machado. Em conversa com a coluna, ela garantiu que foi vítima de preconceito e também racismo ao ser perseguida e vigiada de perto durante as compras no estabelecimento no início da tarde desta quarta-feira (3).
'A minha mãe estava internada para fazer uma cirurgia em um hospital e voltou para a casa. Decidi dar uma passadinha no supermercado Extra e fazer umas comprinhas. Fui bem básica de bermuda, camiseta, chinelos e os cabelos amarrados no alto da cabeça. Estava com o meu filho e comecei a reparar um segurança me seguindo e olhando tudo que eu pegava. Certamente, ele foi orientado a me vigiar porque estava com um rádio nas mãos e não tirava os olhos de mim e do meu menino. Me senti muito mal, me senti violentada. Eles desconfiaram de mim pelo conjunto da obra: por eu estar totalmente despojada e também por eu ser negra. Foi preconceito. Fui vítima de preconceito e racismo", explicou.
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Paula fez questão de filmar o segurança enquanto aguardava na fila do caixa para pagar a sua conta e decidiu registrar um boletim de ocorrência logo depois de receber vários comentários nas redes sociais. "Eu só queria denunciar o preconceito, mas, depois pensando melhor, eu decidi entrar na Justiça. Além de mim, quantas pessoas sofreu hoje ou sofrem diariamente uma perseguição nos supermercados ? Isso tem que parar", comentou a jornalista.
A coluna procurou a Assessoria do Grupo Pão de Açúcar, que enviou um comunicado de que iniciou um processo interno de apuração e lamenta o ocorrido.
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Segue o posicionamento na íntegra:
O Mercado Extra informa que, tão logo tomou conhecimento sobre o ocorrido, acionou imediatamente a loja iniciando um processo interno de apuração. O relato da cliente não condiz com os procedimentos da rede, que preza, acima de tudo, pelo total respeito às pessoas, conforme estão claros em seu Código de Ética e sua Política de Diversidade e Direitos Humanos, proibindo e condenando qualquer atitude discriminatória. O Mercado Extra reitera, ainda, que treina continuamente todos os seus colaboradores e prestadores de serviço para o respeito de suas diretrizes. Dessa forma, a empresa lamenta o ocorrido descrito pela cliente e esclarece que iniciou um processo de apuração para verificação dos fatos e está em contato com a cliente para inseri-la no processo de apuração. 
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