Neymar e Agripino Magalhães
Neymar e Agripino MagalhãesReprodução/Montagem
Por O Dia
A polêmica envolvendo Neymar e o ativista LGBTI+, Agripino Magalhães, continua. Depois de nove meses da denúncia pelos crimes de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte praticados pelo jogador e seus amigos contra o modelo Tiago Ramos, a Polícia Civil de São Paulo resolveu ouvir os envolvidos  como parte do inquérito policial instaurado. Depois dessa etapa, cabe ao Ministério Público denunciar os indiciados (formalizar a acusação) ou pedir mais investigações à Polícia Civil ou então arquivar o caso.
"As pessoas pensaram que o assunto tinha sido encerrado, mas nós recorremos contra a decisão do arquivamento do Ministério Público de São Paulo na época, e agora a nova ação avançou para a formalização das provas e, se Deus quiser, nós vamos chegar a abertura mesmo de um processo contra Neymar", conta Agripino à coluna. Ele vai depor na quarta-feira (10) na 15ª Delegacia Policial (Itaim Bibi) em São Paulo. "Acredito que o jogador será ouvido também por esses dias por videoconferência", completa.
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No início de junho, áudios de conversas entre o atacante do Paris Saint-Germain e amigos foram vazados após uma suposta briga envolvendo a mãe de Neymar, Nadine Gonçalves, e o seu namorado na época, Tiago Ramos. O jogador fez xingamentos homofóbicos como 'viadinho' e 'dá c* ao cara***' e um dos parças até sugeriu 'enfiar o cabo de vassoura no c*'do rapaz por conta da confusão, que foi parar em um hospital na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.
"Nós estamos pedindo 3 milhões de dólares (aproximadamente 17 milhões de reais) de indenização e não é tanto pelo dinheiro, é pelo respeito que as pessoas precisam ter pelos LGBTI+. É uma forma de provar que não se pode ofender com chacotas, músicas, xingamentos e até ameaçar qualquer pessoa por sua orientação sexual. Existem pessoas que só aprendem, só acordam para a vida quando dói no bolso", comenta Agripino.
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"É bom ressaltar que ninguém é contra o Neymar. Ninguém quer aparecer. O problema maior de toda essa polêmica está no fato do jogador ser uma pessoa com milhões de seguidores. Fãs de todas as idades, mas boa parte jovens, que podem pensar que é normal xingar, ameaçar e até mesmo matar um LGBTI+. Não!! Temos que mudar essa mentalidade e punir aqueles que incentivam esse absurdo", explica o advogado Ângelo Carbone.