Publicado 07/09/2021 11:53 | Atualizado 07/09/2021 11:54
Parece que bom senso não é uma qualidade de João Guilherme. O filho do cantor Leonardo postou nas redes sociais o print de uma conversa com o irmão, Zé Felipe, onde tirava sarro e alimentava estigmas com mulheres lésbicas. Na conversa, é possível ver que ele acha graça do fato de compararem lésbicas com seu pai, um homem cis.
João já é bem grandinho para saber que tirar sarro da orientação sexual e escolhas físicas dos outros não é motivo de brincadeira, muitos menos para se passar para frente, como se fosse algo engraçado. Será que ele gostou quando passaram em grupos de WhatsApp fotos onde aparecia sua genitália e tiraram sarro dele? Lésbicas sofrem os mais diversos tipos de preconceitos diariamente para poderem ser quem são.
Vale lembrar que em pleno 2021, sexualizar e associar a imagens de mulheres lésbicas a fetiches masculinos é corroborar com um machismo nojento e ultrapassado. Então, ao invés de tratar como piadinha, João Guilherme deveria ser menos infantil e se informar mais sobre a causa LGBTQIA+ e não só quando lhe é conveniente para engajar seguidores.
O STF, em junho de 2019, decidiu pela criminalização da homofobia e da transfobia, determinando que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89). Por conta disso, constitui crime praticar, induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito em razão da orientação sexual de qualquer pessoa, tendo assim pena de um a três anos, além de multa, podendo chegar a cinco anos caso aconteça o agravo de divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como nas redes sociais.
Ou seja, exatamente o que João Guilherme fez ao postar a piada de mau gosto em seu story do Instagram para seus mais de 13 milhões de seguidores. Agora é saber se marcas como John John, Fila, Colcci, Carolina Herrera, entre outras que anunciam em sua página, também compactuam com esse tipo de preconceito.
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