Por O Dia
Já perceberam que em tempos difíceis as pessoas ficam cada vez mais duras e críticas? Sabemos que, muitas vezes, é mais fácil ou cômodo ver e condenar os defeitos e os pecados alheios, sem conseguir ver os nossos próprios com a mesma lucidez. Escondemos sempre nossos defeitos, inclusive de nós.
Caímos na tentação de sermos indulgentes conosco — benevolente consigo — e duros com os outros. Claro que é útil ajudar o próximo com conselhos sábios, mas quando observamos e corrigimos os defeitos do outro, devemos estar cientes que também nós temos defeitos.
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Se penso que não os tenho, não posso condenar nem corrigir os outros. Todos temos defeitos: todos. Devemos estar cientes disto e, antes de condenar os outros, devemos olhar para dentro de nós. Assim, podemos agir de modo credível, com humildade e caridade.
Diversas vezes Jesus nos ensinou a não julgar o próximo. Por isso, hoje, devemos fazer um exame de consciência e perceber se o que nos incomoda no outro não é fruto do que nós mesmos plantamos? Jesus nos disse que "não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore se conhece pelo seu fruto". O fruto são as ações, mas também as palavras. Das palavras se conhece a qualidade da árvore.
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De fato, quem é bom extrai do seu coração e da sua boca o bem, quem é mau extrai o mal, praticando a famosa fofoca! Ou seja, falar mal dos outros. Isto destrói: destrói a família, a escola, o lugar de trabalho, a comunidade.
Pela língua começam as guerras. Pensemos neste ensinamento de Jesus e façamos uma pergunta: eu falo mal dos outros? Para mim é mais fácil ver os defeitos dos outros do que os meus? Procuremos nos corrigir pelo menos um pouco.
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Ainda neste mês de maio, invoquemos o amparo e a intercessão de Maria para seguir o Senhor neste caminho do bem, sem julgamentos e fofocas. 
Padre Omar é reitor do Santuário do Cristo Redentor do Corcovado