Por Padre Omar
O Evangelho deste domingo apresenta o tema da correção fraterna na comunidade dos fiéis, ou seja, como devo corrigir outro cristão quando ele faz algo que não é bom. Jesus nos ensina que se uma pessoa me ofende eu devo ter caridade para com ela e, antes de tudo, falar pessoalmente. E se a pessoa não me ouve? Jesus sugere então uma intervenção progressiva.
As etapas deste itinerário indicam o esforço que o Senhor pede à sua comunidade para acompanhar quem erra, a fim de que não se perca. Antes de tudo, é necessário evitar a fofoca! A atitude é de delicadeza, prudência, humildade e atenção àquele que cometeu um erro, evitando que as palavras possam ferir e até matar o outro. Quando falo mal de alguém, quando faço uma crítica injusta, quando maltrato um irmão com a minha língua, isto significa matar a sua reputação.
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Temos sempre que ajudar a pessoa a se dar conta daquilo que cometeu, e que com o seu erro ofendeu não apenas um indivíduo, mas a todos. A correção fraterna também tem a finalidade de nos ajudar a nos libertar da ira ou do rancor, que só fazem mal.
Na realidade, diante de Deus somos todos pecadores e necessitados de perdão. Com efeito, Jesus nos disse que não devemos julgar. A correção fraterna é um aspecto do amor e da comunhão que devem reinar no seio da comunidade cristã, é um serviço recíproco que podemos e devemos oferecer uns aos outros.
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Corrigir os irmãos é um serviço, e só será possível e eficaz se cada um se reconhecer pecador e necessitado do perdão do Senhor. A própria consciência, que me leva a reconhecer o erro cometido por outro, me recorda primeiro que eu mesmo errei e erro muitas vezes.